Revista da Academia Paraense de Letras 1962

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS EM UMA COLEÇÃO DE POSTAIS I Chega a virgem à capela, e casta, tão pura e bela, na candura do seu véu, com seu vestido bordado, parece um lírio nevado, semelha um anjo do céu. II Em face da Virgem Santa, os meigos olhos levanta, em fervorosa oração; e, contrita e sorridente, prostra sua alma inocente, na mesa da Comunhão. III Qual um jasmin perfumado, abre o livrinho dourado, dizendo a prece mais pura : O sacramento sublime, das leves culpas redime, sua alma, tôda candura. IV Reza no terço mimoso. rico colar precioso, de jóias de alto valor; e, nêste augusto momento, eleva seu pensamento, ao trono do Criador. V Em santa transfigurada, baixa a fronte aureolada, onde brinca o fino véu; e, <;las virtudes exemplo, seu corpo prende-se ao templo, sua alma canta no céµ. Belém, 14/ 7/ 1908. -70-

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