Revista da Academia Paraense de Letras 1962

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS João de Deu~ cinzelou o nome ?º bronz;. ,d~_ poster~– dade com dois livros - "Primeiras R~as" eA Ult11;1as Ri– mas", aquêle editado ainda em sua :71da, e este postuma– mente, por iniciativa de Barbosa Rodrigues. Juvenal Tavares. poeta e "conteur", a quem conheci já envelhecido, é o autor dos "Pirilampos", dos "~er?e~ d~ Mãe Preta" e de outros livros de prosa e verso, hoJe m3ust1- ficadamente esquecidos. Mereceu a estima de D . Antônio de Macedo Costa, por ser grande estudioso, quando aluno do Seminário de Belém, das línguas grega e latina. Pleiteamos juntos a láurea de um concurso literário, em que obteve o primeiro lugar com o seu belo conto "A Melhor Parteira" . Ao meu trabalho - apenas um episódio da vida na roça - instituiram os julgadores um segundo prêmio, porque o cer– tame era de contos e a minha produção não chegava a sê-lo. Juvenal Tavares faleceu em penúria extrema na vila de Icoarací, quando esta-' se chamava ainda Pinheiro. . . . . ~ para lamentar. que.na Antologia Amazônica de Eus– táquio de Azevedo não figurem João _de Deus do Rêgo e Leo– poldo $ousa. Ser~ talvez por ter~m _nascido no Maranhão, mas de lá vieram em idade bem menineira. A formação li– terária de ambos se pro.c.essou sob o azul dos nossos céus. Temos um .exemplo em Gonzaga,,. portugµês de nascimento, considerado pela crítica em geral poeta brasileiro, porque foi o seu amor por Maria Dorotéia, garota mineira, que lhe abriu na alma as fontes da poesia. Podem ·ser incluidos conse- guintemente, na literatura amazônica. ' ., . Não que!o ]?Ôr· fim a éstas linhas humedecidas das lagrrmas ~a mmha saudade·, sem reproduzir alguns versos de Frederico Rhossard e Leopoldo Sousa, os menos amados porque os menos conhecidos dêsses mortos do meu caminho: DE FREDERICO RHOSSARD : G U .AS C A Nin~~m dirã que destas zonas filha, Zonas onde candente o sol impera, Onde ,a mulher num simples riso humilha O gaucho valente como a fera.

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