Revista da Academia Paraense de Letras 1962

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS gou a ser realizada.. É que estava doente, ,acamado, o sr. Bertoldo Nunes, diretor do ATENEU PARAENSE, em cuja casa devia efetuar-se o ato preparatório da fundação da Aca– demia de Letras . No entanto, no domingo seguinte, 21 de março, o pró– prio Bertoldo Nunes, pela "Fôlha do Norte", convidav,a não só as pessôas citadas na publiçação feita pelo poeta Guilher– me de Miranda, como mais estas : Agostinho Viana, Amâncio de Viana, d. Anésia Schussler, Antônio Macêdo, Cônego Domiciano, Tito Franco de Almeida, Elias Viana, Emílio IGoeldi, Ma– noel Baena, Ovídio Filho, Páis de Andrade. Não conseguimos saber, r ealmente, à falta de noticiá– rio. nos jornais da época, se a Academia de Letras Paraense realizou a sessão de 21 de março de 1897, como estava anun– ciada. ou se algum fracasso impediu aquêle intento. Deve– mos no entanto esclarecer que, no ano de 1889, existiu em Belém uma ,associação literária, de que não dá notícia Eus. táquio de Azevedo na sua obra "LITERATURA PARAENSE" , e que tinha a denominação de "PALESTRAS LITERARIAS MENSAIS" . Essa sociedade reunia ordinàriamente uma vez por mfr,, no RESTAURANTE COELHO. O presidente era o jornalista Marques de Carvalho e secretário Heliodoro de Brito . A "A Província do Pará" dá completo noticiário sôbre êsse grêmio dos homens de letras do P acrá. Nas reuniões eram lidas pelos respectivos autores , páginas lite.r árias inéditas. No dia 13 de maio daquêle ano, Marques de Carvalho, Paulino de Br ito, Visconde de Lambeck, Inácio Moura e Gui– Jhr rme de Miranda fizeram-se ouvir em torno da mesa do Restaurante Coelho, na presença de Heliodoro de Brito, Fre– derico Rhosard e Cirne Lima. Foi uma bonita festa de inte– ligência e cultura. Na sua maioria, êsses ·literatos fizeram parte, mais tarde, da associação de letras surf?:ida em 1897. Vamos encontrar no início do século XX, mais alguns detalhes interessantes sôbre a existência da Academi,a, suas vitór ias e dificuldades. Temes como fonte subsidiária para esclarecer êsses acontecimentos, os jornais da época, princL paimente a "Fôlha" e a "Província". A 23 de janeiro de 1900, a Academia Paraense reali– zou na séde do CLUBE EUTERPE, à rua 13 de Maio, movi– mentada sessão que teve começo às 8,30 da noite. Dirigiu a reunião na ausê,ncia do Barão de Guajará , que era o presi– dente provisório, o sr. Marques de Carvalho. Foram recebidos os novos sócios, srs. Emilio Goeldi, -45-

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