Revista da Academia Paraense de Letras 1962

A AtITIGUIDADE DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS ERNESTO CRUZ Cadeira número 7 A dar crédito ao que afirma o poeta Olavo Nunes, fun– dador da cadeira n. 32, que tem como patrono Natividade Lima, e como atual ocupante Bruno de Menezes, a idéia da fundação da Academia Paraense de Letras surgiu em 1899. Outro poeta, o sempre lembrado Eustáquio de Aze-– vêdo confirma essa data, e esclarece que - "ctepois de ex– tinta a Mina Literária, o saudoso escritor paraense dr. Al– vares da Costa promoveu com aquêle fim uma reunião na séde do ·clube Euterpe, em maio daquêle ano, de parceria com os falecidos jornalistas e diplomatas drs. Enéas Mar_ tins e Artur Lemos". Nós mesmo, em dois discursos proferidos no Silogeu, o primeiro quando da recepção do acadêmico Peregrino Jú– nior, na época presidente da Academia Brasileira de Letras, e o segundo, no ato da inauguração solene da séde social 8: 29 de janeiro de 1959, concordamos com as conclusões de Olavo Nunes e Eustáquio de Azevedo, aceitando o ~no de 1899, como da origem do nosso cenáculo de letras . Contudo jamais deixamos de pesquisar as primícias das nossas Associações de Letras . Não perdemos o nosso tempo nas investigações. E, com a paciência do historiador que não se ,estafa· com o trabalho dispendido nos arquivos, estamos aptos a afirmar que, ambos os poetas - Olavo e Eustáquio -, não estão corretos nas suas conclusões. An– tes, devemos esclarecer que o cônego Ulisses Penafort, pela "A Província do Pará", no início dêste século, atribuiu ao jornalista Marques de Carval_ho a idéia da fundação de urna Academia de Letras no Para. O dr. Alvares da Costa re– plicando · as afirmativas do cônego Ulisses, em publicação -43-

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0