Revista da Academia Paraense de Letras 1962

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS 1 mocráticos. Largou tudo e se foi para o Rio de Janeiro. Em 1938, por não se terem realizado exames, não ingressou na Escola Preparatória de Cadetes. Mas o ano perdido em nada o prejudicou . Valeu. E em 1939, conquistava o primeiro lu– gar naquela Escola, no Rio, e em 1940 passava para a Es– cola Militar. Em 1942, como aspirante, quando da passa– gem do primeiro aniversário da morte do industrial Henri· que Lage, considerado o cadete n. 1 do Brasil, Jarbas Passa– rinho discursou à beira do seu túmulo. O discurso lhe deu maior renome no Exército, além de citação de frases suas no mural do restaurante das Organizações Lage. Iniciou-se nas letras locais, assinando crônicas para a extinta revista "A Semana", quando ainda cursava o pré– politécnico. Ao lado de Dalcídio Jurandir, Paulo e Daniel Coelho de Souza, Cécil Meira, Stélio Maroja e Luiz Ribeiro fez parte do corpo de redatores de "A Guajarina". Como es– tudante militar integrou o corpo de redatores da Revista da Escola Militar . Foi orador oficial e, posteriormente, Presi· dente da Sociedade Acadêmica Militar, equivalente aos Di– retórios Universitários. Como capitão instrutor do CPOR de Belo Horizonte, em 1949, participou do concurso de contos pr~movido pela Prefeitura Municipal da capital de Minas Gerais, em cooperação com os "Diários Associados", conquis– t:mdo o primeiro lugar, com o conto "Um viúvo solteiro", en– tão publicado pela cadeia dos jornais de Assis Chateaubriand. Já major, aluno da Escola de Estado Maior, foi redator chefe e, depois, diretor da "Revista do Clube Militar, nos anos de 1954/ 55, quando escreveu veementes e desassombrados arti– gos, confirmando as suas condições eminentemente democrá– ticas, o que lhe valeu um honroso convite do então ministro da Guerra, o eminente General Teixeira Lott, cuja orienta– ção política combatia, para servir como Oficial de seu Gabi– nete, função que não aceitou, preferindo vir atuar na Petro– brás, na Amazônia. * * Em notável conferência feita sôbre o Modernismo, Pe– regrino Junior, presidente da União Brasileira de Escritores. diz que "combatendo a ê1n!ase oratória, a eloquência verbal, o tom declamatório da literatura parnasiana, o Modernismo simpliticou a prosa e a poesia, adotando o uso normal da lin– guagem quotidiana, de frase despojada, das palavras usuais e simples. Criou-se, até, pelo exagero da reação, o horror da forma, uma espécie de fobia do estilo. . . E esclarece o autor -38- " • •

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