Revista da Academia Paraense de Letras 1962

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS disse que uma das melhores coisas de. Belém é a sua Academia Paraense de Letras" . Cabe aqui um esclarecimento, em homenagem à verdade : a Presidên– cia da Academia Paraense de Letras tomou aquela iniciatÍ'Va considerando que foi o Govêrno da Alemanha Oci– dental quem doou à Casa de Ma– chado de •Assis, em 1962, uma ofici-. na gráfica, logo após ter visitado 11 Academia Brasileira de Letras um deputado e escritor germânico, a qm.-m Austregésilo de Ataíde lançou 11pêlo naquêle sentido, alcançando êxito, o que conosco jâ não ocorreu. Mas não é motivo para desesperar nem perder a, fé. pois durante 59 anos clamamos por séde própria. E a conseguimos, eraças ao elevado es– pírito de compreensão do saudoso go– vernador M<'galhães Barata. No dia J 2-9-196-2, em carta, o sr. Vicente Rot1Jndo, adido cultural, co– oiui::ticava que a solicitação da Aca– demia Paraense de· Letras tinha sido cuidadosamente estudada pelo embai– xador Lincoln Gordon e pelo Serviço. de Divulgação e Relações Culturais do Consulado Americano E que, de– po/s ·de examinado ·cuidadosamente, o_pedido, lamentava informar de que rtão era ·possível nos serem de gran– de· vaiia . · O embaixador resolveu o assunto em Belém mesmo, não tendo sido o nosso pedido encaminhado ao Go– vêrno Norte-Americano . A instalação de uma Oficina Grá– ficà pela sua importância e pelo seu valor exige cuidado e sugere consi– derações sérias : Uma oficina gráfi– ca, se fôr comprada, provocará 'Ver– dadeiro · impacto em nossa situação financeira, pelas responsabilidades que assumiremos. Aléin disso, que é ca– pital, téremos de pagar impostos, es– taremos sujeitos às leis trabalhistas, a importação de papel, a exigir somas elevadíssimas com ressarcimento de– morado, · e a possível suspensão de favores governamentais, uma vez que a Academia Paraense de Letras pas– sará a comerciar, a explorar uma in– dústria . São detalhes que exigem estudo acurado e frio . A atual Diretoria não se descurará do plano da anterior administração. Bateremos a outras portas, pedire– mos, abusaremos do direito de pedir. REFORMA DOS ESTATUTOS Em fevereiro de 1962, quando d11 reforma de dois artigos do Regimen– to Interno, foi designada pelo então presidente Ernesto Cruz, por proposta do confrade Miguel Pernambuco Fi– lho, uma comissão composta dos aca– dêmicos Raul Braga, Aldebaro Klau– tau, Jarbas Passarinho, Pernambuco Filho e Osvaldo Viana, o qual, mais tard~ dela pediu dispensa, para or– ganizar um projeto de novos Estatu– tos e Regimento Interno da Acade– mia Paraense de Letras. A atual di– retoria aguarda a manifestação da– quêles ill!stres confrades, que já es– tão de posse do projeto preparado pelo acadêmico Raul Braga, para tra– zer o assunto à discussão e aprova– ção da Assembléia Geral . P~CTPE DOS POETAS PARAENSES Dando execução à decisão da Di– retoria, em sessão de 7-11-62, apro– vando proposta do acadêmico Bruno de Menezes, vai a Academia Paraen– se de Letras promover, êste ano, o concurso para a escolha do Príncipe dos Poetas Paraenses. A ACADEMIA. PARAENSE D~ LETRAS E A FEDERAÇÃO DAS ACADEMIAS Em junho de 1962, designamos o acadêmico Ernesto Cruz para repre– sentar a Academia Paraense de Lc_– tras na solenidade da posse do dr. José Eduardo Pizarro Drumon no cargo de nosso delegado junto à Fe– derafão das Academias de Letras do Brasil. . Cumpre destacar que tem sido efi– c1~nte e brilhante a atuação do dr. P!zarro Drumon no exercício da mis– sao que lhe confiamos. 264 ·- /Í (

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