Revista da Academia Paraense de Letras 1962

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS vedo, cujo retrato foi também na ocasião inaugurado. A senhora Maria Lúcia Gomes Ferreira, em nome da familia Teixeira Go– mes, agradeceu a homenagem prestada ao seu ilustre genitor. En– cerrando a sessão o Presidente recordou o seguinte soneto, escrito em 1948 por Jaques Flores, quando completou meio século de vida. "Foi em noventa e oito. A dez de julho que eu, ar sisudo, meio indiferente, (indiferente mas sem ter orgulho) êste mundo vim vêr - e sua gente. Mostrando ser um tipo do barulho, quando nasceu o primeiro dente, senti do leite verdadeiro engulho, comer queria era cachorro quente ... Comecei desde cêdo a topar tudo. Conforme a música eu dançava, certo ql_le a vida vale menos que um canudo . .. Hoje, vibrante, o meu passado louvo. Iço a bandeira e, coração aberto, só peço a Deus para nascer de novo!" . Sessão Ordi_nária de 28 de Dezembro de 1962 Compareceram os seguintes acadêmicos: Georgenor Fran– co, Eldonor Lima, Candido Marinho da Rocha, Bruno de Mene– zes, Jurandir Bezerra e João R. Viana. Iniciando os trabalhos, o presidente comunicou que ia ser feita a entrega dos prêmios . dos últimos concursos promovidos pela APL, sendo o de contos, na "Folha do Norte", denominado "Manuel Lobato", e o de poe– sias, no "O Liberal", denominado "Avertano Rocha". Convidou a senhora Leonor Sampaio Façanha a receber o cheque de cinco . mil cruzeiros que conquistára com o conto "Requiem de Mozart''. A laureada, em breves e brilhantes palavr as, agradeceu a distin– ção. Após, foi entregue o prêmio de igual valor ao jovem Renato Tapajós, pelo poema- "Minha_cidade, Belém!" O plenário referendou o despacho do sr. Presidente pror– rogando o prazo para a posse do dr. Otavio Mendonça. Folclore - Depois, de justificar, o acadêmico Bruno de Menezes propôs que a _APL·re~lize em março uma série de pales– tras sôbre folclore junino·, cabendo-lhe ministrar três conferên– cias. Os acadêmicos João Viana e Candido Rocha proferirão ou- - 248 - o