Revista da Academia Paraense de Letras 1962
o REVISTA DA ACADEMIA P ARAENSE DE LETRAS Prêmios - Na ordem do dia, foram lidos os pareceres dos acadêmicos Rodrigues Pinagé, Bruno de Menezes e Apio Campos sôbre os livros de poemas encaminhados ao concurso literário de 1962. Unanimemente, o plenário decidiu não conferir a nenhum dos candidatos o prêmio "Antonio Tavernard", no valor de vinte mil cruzeiros, concedendo, entretanto, menções honrosas . aos livros "Sinfonia da Ausência" e "Sol de Gêlo", de autoria, respec- - tivamente, dos srs. Fernando Tasso De Campos Ribeiro e Luis Paulo Galrão. O acadêmico De Campos Ribeiro declarou que não tinha aceito a sua indicação para a comissão julgadora por saber que seu filho Fernando Tasso estava disputando o prêmio, mas que ignorava por completo o texto dos poemas enviados. Tomando conhecimento dos têrmos dos pareceres dos aca– dêmicos Jarbas Passarinho, Candido Marinho da Rocha e Júlio Colares, o plenário, por mai_oria de votos, decidiu não conferir o prêmio "Elmano Queiroz", de teatro, para o qual estava ins– crito apenas um candidato (André Luís, pseudônimo), com a peça "Há humus no meu chão". Eleição - Os acadêmicos Jarbas Passarinho, Santana Mar– ques e Apio Campos apresentaram parecer informativo sôbre o valor intelectual dos candidatos inscritos ao preenchimento da poltrona n. 4, patrocinada por Antonio Marques de Carvalho, vaga com à morte de Romeu Mariz. Procedeu-se, depois, à elei– ção, que ofereceu o seguinte resultado: Otavio Mendonça, 17 vo– tos; Vítor Tamer, 8 votos, sendo proclamado el'eito o primeiro, o que foi recebido com longa salva de palmas. Sessão Extraordinária de 16 de Novembro de 1962 Compareceram os acadêmicos: Georgenor Franco, Eldonor Lima, Miguel Pernambuco Filho, João R. Viana, De Campos Ri– beiro, Bruno de Menezes e Aldebaro Klautau. O presidente Geor– genor Franco, abrindo a sessão, disse que se ia prestar merecida homenagem, à memória de Luís Teixeira Gomes, Jaques Flores. concedendo a palavra ao orador oficial, acadêmico De Campos Ri– beiro. Em brilhante discurso, De Campos Ribeiro fêz amplo estudo da vida, e das obras do autor de "Cuia Pitinga", discurso que, na íntegra, está publicàdo em outro local desta edição. O Presidente convidou a senhora Jovita Caminha Gomes, viuva de Jaques Flores, a descerrar a bandeira paraense que envolvia o retrato do sempre lembrodo humorista. O poeta Assis Filho, do Círculo Cultural dos 30, declamou três poemas de Jaques Flo– res. O acadêmico Bruno de Menezes, em feliz improviso, f êz um estudo das poesias qe Jaques Flores, declamando poemas do autor de "Panela de Barro", bem como de J. Euatquio de Aze- - 247 -
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