Revista da Academia Paraense de Letras 1962

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS Os prêmios, no valor de cinco mil cruzeiros cada um, têm as seguinte denominações: "Manoel Lobato" (contos), "Frederico Barata" (ensaio), "Jaques Flores" (folclore) e "Avertano Rocha" (poesia). Aos colocados em segundo lugar será concedida menção honrosa. POESIA DE GILDASIO OLIVEIRA "A Província do Pará", em sua coluna restrospectiva, edi– ção de 27 de maio, publicou o seguinte soneto de Gildasio Oliveira, que pertenceu aos quadros da Academia Paraense de Letras em sua primeira fase: MONJA Monja, filha do Amor, por entre sons de guitarra, cantando uma canção humilde, assim descerra do triste e feio Tédio a lugubre samarra que lhe tem feito, (horror !) a mais,incrível guerra ... Monja, filha do Amor, melodiosa cigarra, a cantar, a cantar, a tristeza que aferra és o modelo exul de uma estátua bizarra feita de Pranto e Dôr, para os altoSI da Terra ... Mas, o teu gênio horrivelmente acirra, o velho Deus que sonha em profunda modorra, pela falta de Amor, de Oiro, de Inrnnso e MilTa ... Nunca dês atenção ao Tédio que te surra . . . Chora tôda a tristeza em fúnebre masmorra e sem piedade e amor a tua sombra, esmurra ... ..,,.. 233

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