Revista da Academia Paraense de Letras 1962

ACAD EMIA p ARAENSE DE LETRAS REVISTA DA dando um vinho medicinal, para as moças exemplo, recomen pálidas : 1 se acaso as moças desejam Ter nas faces linda côr, uma pele aveludada Belo rosto encantador l Se desejam, enfim, casar-~e . . . .. . .. . .. . ... .. .. . . . ......... . ...... .. E aos maridos governar . . ... .. ................................. só há um meio seguro Que disso tudo é capaz. Busquem manter a Saúde, Tomem "Vinho de Ananaz" ! O ETERNO ESTUDANTE A fome de saber foi uma constante na vida dêsse ho– mem incomum. Em 1904 graduava-se pela Faculdade de Di– reito do Recife e vinha advogar em Belém, ao lado de seu mestre dileto : Farias Brito . Duas décadas se passam e êle resolve corrigir o destino, que o desviara da medicina. Ma– tricula-se na Faculdade do Pará, por onde recebeu o grau de médico, já aos 46 anos de idade! Foi médico o resto da sua vida. Clinicou sem interrup– ções. Atraído ainda e sempre pela mente humana, especiali– zou-se em Psiquiatria, dedicando-se a êsse campo da Medi– cina, que a malícia popular define assim : "Louco é um su– jeito que constroi castelos no ar. O psiquiatra é um médico que vive da cobrança dos aluguéis de tais castelos" ... Avertano, porém, não se lhe aplicava bem êsse amargo motejo. Era dos que não sabiam cobrar . Durante dois lus– tros, clinicou de graça, no "Ofir de Loiola" . Por tôda a sua vida, não matou o doente da cura, pela .apresentação da conta exagerada. · Mestre por c~rca. de 50 a~~s, foi aluno permanente. De Machado de Assis dizem os biografos que iniciou estud do grego aos 70 anos. Avertan?, aos 74, fazia um curso i.::. tensivo de Lepra. Aos 75 conclum um curso de Tupí-Guara , na Faculdade de Filosofia do Pará . ni, O exercício da Medicina levá-lo-ia a conhecer as v· • . t d d 1 · · d. t 1c1ss1- u _es os ares mais 1n 1gen es. Ide_ntificado com d alheia, angustiado pelos ·padecin:ientos morais e pelo fal 0 1 r · - · · · age o - 28 -.

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