Revista da Academia Paraense de Letras 1962

REVISTA DA ACADEMIA PARAE:NSE DE LETRAS Passo a recordar: no período de 1940 a 1941, Azevedo Ri– beiro levou todo o tempo, reorganizando seu quadro social, com elementos de valor e trabalhadores; de 1945 a 1948, Aci– lirio de Leão restaurou as reuniões mensais dQmingueiras no sa– lão de congregação da antiga Escola Normal, restabelecendo o prestígio do Silogeu, o que levou seus confrades, espontânea e unanimemente, aclamá-lo Presidente Honorário da APL, por não ter êle aceito, de forma alguma, o tft1:1lo, que bem merecia, de Presidente perpétuo; de 1949 a 1951, Paulo Eleutério Senior co– locou na rua o primeiro número de nossa Revista, promovendo excepcionais festejos em comemoração ao 50. 0 de nossa funda– ção; de 1951 a 1952, De Campos Ribeiro instituiu os quartos de hora literários nas sessões ordinárias, reformando os Estatutos, colocando-os de acôrdo com as conveniências da época: de 1952 a 1954, Avertano Rocha, cujo nome pronuncio com respeito e saudade, instituiu os concursos literários, organizou a escrita do Silogeu, criou o Fundo para a Publicação de Livros de Sócios e de Escritores estranhos aos nossos quadros sociais, fêz o regis– tro da APL no Conselho Nacional do Serviço Social do Ministério da Educação, conseguiu que os Govêrnos do Estado e do Munici– pio reconhecessem a APL como sociedade de utilidade pública e foi buscar do Govêrno Federal verbas elevadas; de 1956 a 1958, Ernesto Cruz colocou a APL no seu primeiro prédio próprio, alu– gado, mas nosso, assegurando aos academicos o direito de ter ,. onde cair vivos, porque morto se tomba em qualquer pedaço de chão; Bruno de Menezes, no período de 1954 a 1956, instituiu os brilhantes cursos de literatura que a atual administração vai restaurar, e conseguiu fazer uma reserva financeira substancial, de quase 400 mil cruzeiros, que ensejou à Diretoria eleita em 1958 e reeleita em 1960, orientada pelo dinamismo de Ernesto Cruz, os meios pecuniários indispensáveis a fazer isto que aqui está - isto que é grande e fala bem alto - que é nosso, defini– tivamente nosso, porque o saudoso governador Magalhães Barata, compreendendo os nossos legítimos direitos doou-nos este prédio, hoje avaliado em mais de 14 milhões de cruzeiros. Eis em síntese o que foi feito de 1940 até hoje. Agora, somos nós que aqui chegamos, a pôsto tão elevado e dignificador, e conscientes das responsabilidades que pesam sôbre os nossos omb-ros, face ao que os outros dirigentes fizeram e nos lega– ram. E é exatamente olhando e sentindo o que Azevedo Ribeiro, Acilino de Leão, Paulo Eleutério, De ·Campos Ribeiro, Avertano Rocha, Bruno de Menezes e Ernesto Cruz realizaram que traça– remos nosso programa de trabalho. • • "' • 1 ~ 226 -

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