Revista da Academia Paraense de Letras 1962

A ACADEMIA - DE DE 1940 A LETRAS 1962 Ao encerrar a sessão ·solene de 3 de mai'o de 1962, na Aca– demia Paraense de Letras, o nosso confrade Georgenor Franco, presidente do Silogeu, proferiu as seguintes palavras: "Foi executado o último número do programa desta noite na APL, que festejoµ, assim, os 62 anos de sua existência, e os 22 de atividade contínua, permanente e profunda em defesa das tra– dições culturais da Amazônia e_do soergui1:11ento literário de nossa terra. Vinte e dois anos, sim, porque desde 1940, quando dirigiu seus destinos o ilustre confrade Eduardo de Azevedo Ribeiro, o Si– logeu não mais parou, não sofreu nenhum colapso, jamais deixou · de reunir e promover empolgantes festas litero musicais, reno– vando o seu quadro social com o ingresso dos mais expressivos valores do Pará, no campo das letras, artes e ci_ências, nunca dei– xou de cumprir com os seus Estatutos, ape1ieiçoando-os cada vez inais, promovendo, desde 1952, concursos literários, com prêmios em dinheiro aos autore's das melhores obras inéditas de poesia, conto, romance, ensaio, teatro e crônicas, efetuando Cursos de Literatura, participando, direta e efetivamente, de todos _os mo– vimentos literários e artísticos do Pará, merecendo destaque o I Festival do Escritor Paraense, em juriho de 1961, iniciativa da fOLHA DO NORTE, e no qual tomarl!m parte nove escritores, sen– do 7 desta Academia e 2 estranhos aos nossos quadros sociais, mas um dêles - Ildefonso Guimarães - laureado com o prêmio "Sa– muel Mac-Dowel", dêste Silogeu, de 1960. As Diretorias que têm orientado os destinos desta APL, de 1940, até hoje, jamais deixaram de cumprir com seus deveres, bus– cando, parece, na dedicação, no exemplo, na constância e na pontualidade britânica de ~cilino de Leão - o velho mestre que contagiou com o seu entusiasmo os novos que, em 1946, aqui in– gressaram - os ensinamentos lúcidos e a tenacidade férrea para enfrentar intempéries, rasgar horizontes e engrandecer crepús– culos. 225 -