Revista da Academia Paraense de Letras 1962

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS · dustrias, nos estabelecimentos bancários, nas .ciências, na advo-– cacia, na política, em tudo, enfim. E até mesmo nas Academias de Letras.. . Meus s~nhores: Trago para ésta função o propósito ho– nesto de servir à minha terra durante dois anos num setor eleva– do e honroso. E se esforço, dedicação, amor ao trabalho, noção de responsabilidade, revelam disposição para cumprir com o de– ver, saberei cumprir com o _meu, como o t_ehho. sabido executar na vida bancária, na pi:ofissão de·jornalista e nesta Academia, nas diversas fu~ções que tenho exercido, dJ?.c;de 1946, em sua Dire– toria. Ofereço aos meus confrades como garantia da confiança em mim depositada o meu passado nesta Casa. Não si~ndo perfeito para não fugir à contingência humana e esperar ou exigir homem perfeito é tirar parte de sua própria personalidade - asseguro a todos que jamais errarei, de sã cons– ciência, em prejuízo desta entidade, cujo destinos, nesta hora, me é dado orientar e dirigir, cercado de uma equipe de homens inte– ligentes, honestos, trabalhadol\<?iS e cultos. E independentes, acima de tudo. Conhecendo, como conheço, tôda a vida da APL, tenho a obrigação moral de não trair a confiança que em mim depositaram meus ilustn~s confrades e amigos, aos quais peço, de público, co– operação e apôio para que a nossa função não falhe aos seus de– sígnios e a APL continue a sua trajetória luminosa. · A Academia vai descer ao s~lio do povo pelos caminhos mais accessiveis ao contacto da alma humana: a juventude e a mo– cidade. Instituirá a nova Diretoria desta Casa concursos literários entn~{os estudantes dos cursos secundários e os universitários de nossas Faculdades. A Academia vai levar à juventude e à moci– dade a certeza de _sua presença, d1:íscobrindo vocações e incenti– vando valores. Esta é a função primordial, marcante, inderro– cável decisiva das Academias de L: tras. É , pode-se dizer, a fa. ' . talidade de seu destino. O Silogeu paraense há de ser uma ação constante, perma– nente efetiva e atuante, hon:,sta acima de tudo, na descoberta de po~tas, de pintores, escritores -2 de artistas. Ninguém ignora haver, hoje, uma nécessidade imensa, alar– mant~ mesmo, de restaurar, nesta terra e no Brasil, o amor aos livros, à língua, à poesia e à arte. Os governantes, pelo volume tremendo de problemas a re– solvitir não podem demorar-se no estudo e na solução de certos assuntos. Se existe uma Academia de Letras, cabe a esta sugerir _,_ 223 ..._

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