Revista da Academia Paraense de Letras 1962

.. b,- TEATRO DA PAZ Um maravilhoso templo de arle . A acústica dessa casa de espetáculos é notável pela sonoridade pura, sem rebôo, com perfeita nitidez para a prosa falada, como para o canto e a música sinfônica. Das galerias ou varanc.as que lá estão dos lados do Ca– marote Governamental, ouvem-se todos os vocábulos pronunciados no palco . Das mesmas, se descortina tôda a platéia, e, assim, quem entra ou sai pelas portas laterais que se localizam logo antes da Orquestra. De qualquer acomodação que se esteja. camarotes, frizas, varandas ou cadeiras, visiona-se quase todo o resto da casa. Não há colunas que interceptem a vista dos espectadores. As pinturas ornamentais são de DE ANGELIS, um dos mestres da arte pictórica moderna italiana. O seu salão nobre toma tôda a largura do edifício, e tem a extensão de quarenta (40) metros, por quinze (15); é o maior do Estado, tendo servido para reuniões cívicas, bailes, exposições de pintura, de artes deco– rativas, c.!e trabalhos escolares e histórica; como aconteceu no centenário de Dom Pedro JJ, promovida pelo Governador Dionísio Bentes, e que cons– tituiu uma evocação chocante da vida política do Estado, em 1925. Quanto à arquitetura externa, é o que se admira no cliché ao lado : monumental, elegante, fina e nobre nas suas linhas sóbrias ... Foi inaugurado em 1879, tendo desde essa data, servido para a po– pulação regional, como um receptáculo de beleza e de cultura . . . A Academia Paraense de Letras inaugurou-se no seu salão de honra; o seu atual Presidente foi .recepcionado ali; várias solenidades têm sido efe– tuadas no seu ''foycr", ou o mesmo salão, entre as quais, a prestada ao Dr. Heliodoro de Brito, em 1950, cujo histórico vem estampado no pre– sente número . ~ um templo, portanto, ligado à vida e.a Academia Paraense de Le– tras. em tôdas as suas etapas gloriosas . . . - 209 -

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