Revista da Academia Paraense de Letras 1962

REVI STA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS a "História das Guerras Civis", de SENECA: "Os Anaes", "Os Cos– tume~ dos Germanos", "As Histórias", de TACITO; TITO LIVIO ao lado de QUINTO CURCIO; JORDANES ao lado de QUINTILIA– NO; HORACIO, de parceria co~ VIRGILIO; PLAUTO, vis a vis a OVIDIO. Isto, entre os latinos. Entre os gregos antigos, lá descortinamos a trindade cele– bre dos grandes trágicos da Grecia; ESQUILO, SóFOCLES, e EU– RIPEDES. Mais além, THUCYDIDES, o autor glorioso da "Historia da Guerra do Peloponeso", e ainda: XENOFONTE, HERODOTO, HESIODO, HOMERO, PLUTARCO, ARISTOFANES, THEOCRITO, PINDARO, MENANDRO, THALES, e mais tôda à côrte ilustre dos maiores escritores da Helade. A um canto, os autores franceses, elucidadores insignes da literatura clássica: Taine, com a sua "Filosofia da Arte", SAINT BEUVE, RACINE, CORNEILLE, MONTAIGNE, MOLIERE, VOL– TAIRE, e as obras poeticas de VICTOR HUGO. E além, VICTOR BERAT, em vários volumes, com as suas narrativas de viagens pelos mares da Odisséia, obra informativa e profundamente eru- díta. " Era uma biblioteca condensada, contendo a maioria dos grandes escritores que floresceram antes de Cristo, ou seja nas idades heróicas. Obras primas, lidas e interpretadas com supe– rior talento, pelo espírito de um sábio. - Dr. Heliodoro, - aventuramos, - essa sua coleção de livros, pela sua essência e conjunto de obras raras, representa um tesouro. _ A poesia histórica, a tragédia clássica, as crônicas guerrei– ras e as com_édias picarescas de magos da Ironia, tôdas criadas por verdadeiros gênios, são obras cuja posse e conhecimento, justifi– cam plenamente, um alheiamento temporário das banalidades da vida . .. O ilustre acadêmico sorriu com displicência e tolerância, como se de há muito, já tivesse constatado a razão dos nossos ar– gumentos. E retrucou: - A velhice também, - meus amigos, - é que me retem afastado da Sociedade. Madame Brito então, esclareceu-nos a origem dos proposi– tos de como o dr. Heliodoro de Brito se abalançou a traduzir e co– nhecer o Grego aHtigo. - Perdemos o nosso filho varão, quando ele tinha apenas sete anos de idade, - explicou a ilustre dama. Uma paixão pro– longada devido a isto, abateu por cinco longos anos, tôdas as ale– grias de meu marido. Até, que, o dr. Miguel Pernambuco, nosso raédico e nosso amigo, aconselhou a Heliodoro uma disciplina inte– lectual que o distraísse e fizesse esquecer a sua grande dôr. - 189 -

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