Revista da Academia Paraense de Letras 1962

l IN MEMORIAN HELI ODOR O DE BRJ.TO MURILO MENEZES -·-· Corriã o ano da graça de 1950, sendo Paulo Eleutério S&– nior Presidente da Academia Paraense de Letras, (uma das ges– tões mais fecundas do nosso Silogeu), - quando ocorreu a mim secretário de Diretoria, sugerir a ele, Presidente, render um~ homenagem a um dos vultos mais ilustres das letras paraenses re– manecente de uma geração passaqa, e fundador da nossa Ac~de– mfa. Tratava-se do Dr. Heliodoro de Brito, que no começo do século, formava ao lado das figuras mais eminentes do pensamento regional. Paulo Eleutério com aquela maneira éspecial de atrair in– teligencias e dirigir opiniões, como um consumado condutor de homens, conseguiu levar a efeito no dia 3 de maio, aniversário da casa - no Teatro da Paz, pela manhã, uma inexquecivel tertulia espi;itual, que se contam entre as maiores das nossas glorias. Heliodoro, assim atestam quantos o conheceram, era o "gentleman" fadado para receber as consagrações mais efusivas e ruidosas, por um feitio moral especiialissimo, toda modestia, todo pleno de uma clistinção incomparável. o homenageado que residia num formoso "vilino" à Tra– vessa g de Janeiro, esperava-nos ali, com a esposa, naquela manhã radiosa. E nós, com a nossa familia, de carro, d'ali os conduzimos ao Teatro da Paz. Ao ali chegarmos, saltamos. Jaques Flores, o querido Ja. ques como uma vedeta, espreitava a nossa chegada. ' A grande casa de espetaculos permanecia silenciosa como se estivesse vazia. Fui um pouco· atra~ com os meus, esposa e filha, e pedi ao Dr. Heliodoro que seguisse na frente máis Dona Sofia Brito. - 185 -

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