Revista da Academia Paraense de Letras 1962

• o REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS essa téla imensa, imensamente bela nas proporções, nas tintas,· nas figuras, nos detalhes, quase me fêz pensar na anedota do es– pantado diante de uma girafa, quando exclamou: "Êsse bicho pra mim não existe ... " Seria possível?! Sim, estava ali a imensa téla, incomparavel ! possivelmente a mais arrojada e ampJa con– cepção de Mestre Parreiras, como atestado e veemente prova, concreta, da cultura e civilização do Pará e seu Povo. Essa cédula, manda dizer-vos Ernesto Cruz, em nomeada Academia Paraense de Letras, que vós será uma fetiche, mascote, porte-bonhuer, pois que nunca mais faltará dinheiro em vossa car– teira, que um dia vós fará superar quaisquer ~ificuldades para que possais ter o original da estampa frente aos vossos olhos ! Dizia que aquêle era o momento histórico em que eclodia em Belém do Pará a Academia que entrais a representar. Não viera à tôna, ainda, das abissais da Torre do Tombo, a carta de Pero Vaz de Caminha e, assim, fizeram-se as comemo– rações do 4. ° Centenário do Descobrimento do Brasil a 3 de maio. Aqui no Rio, com o país nas condições financeiras assaz aflitivas por demafs sabidas e para evitar-se o aparato de embai– xadas especiais, esquadras estrangeiras, revistas navais, paradas e desfiles militares, banquêtes e bailes, o Govêrno cometeu as fes– tividades a u'a Comissão Oficial, que erigiu na Glória o monumen– to a Cabral, Caminha e Frei Henrique, do cinzel de Mestre Rodol– pho Bernardelli, celebrou à Missa Campal de Dom Joaquim Arco– verde e cunhou a Medalha de Mestre Augusto Giorgio Girardet, que é esta 12). No Amazonas o Govêrno do Estado também mandou cunhar a pequena peça que aqui está (3), como esta outra é a das co– memorações de Pernambuco. Esta (4) é a do culto cívico do Povo de Petrópolis, assim como a que agora mostro (5) é a de São Vi– cente no Estado de São Paulo. O benemérito Instituto Histórico ' . e Geográfico Brasileiro, que promoveu soleníssima e memorável sessão congratulatória também providenciou a cunhagem desta peça ·(6) na Alemanha, assim como o Instituto Geográfico e Histó– rico da Bahia mandou confecionar, também, na França, esta outra (7). E as que agora apresento são as de iniciativa do Liceu de Ar– tes e Oficias desta Capital (8) que a propósito empreendeu notavel Exposição; do sr. Julius Meili, negociante e Consul da Suissa na Bahia, tido, reconhecido e proclamado como Pai da Numismática Brasileira, tal a opulência e o mérito das suas coleções, estudos e publicações específicas. O mais, no gênero, deveu-se, aqui mesmo no Rio, à Casa Lahmeyer, esta pequenina; de prata (9)· est'outra (10) à Fábrica de Cigarro Henrique Bastos & Cia.; est~ (11) da Casa Cypriano, que o Barão do Rio Branco considera jo– cosa, nos eruditos textos do Catálogo da Coleção da Viscondessa - 165 -.

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