Revista da Academia Paraense de Letras 1962

li REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS grafo, emérito Professor de Direito, Deputado e Senador da Re– pública; ABELARDO CONDURú, tão notavel e fino Intelectual, Historiador infatigavel, como Administrador proficiente e exem– plar da Coisa Pública, Prefeito benemérito· de Santa Maria de Beléin; ADALCINA CAMARÃO, a mulher de Inteligência, de Es– pírito e Ação, sempre presente com o homem em tôdas as grandes causas patrióticas; PAULO ELEUTÉRIO SÉNIOR, várias vezes aqui conosco, pertinaz e indeclinável nos rebates do seu impos– tergavel civismo; EDGAR PROENÇA, tanto mais inquebrantável quanto mais os anos o enchem e transbordam de tarefas, que agora culminam nas centelhas da Rádio Guajarina; aquêle mesmo BRU– NO DE MENEZES a quem me volto a referir pelo que a sua vida, a sua obra e o alcandôr dos seus ansêios o tornam num exemplo para os moços; GEORGENOR FRANCO, vigoroso, ágil, cintilante, de quem, quando foi do nosso Jubileu de Prata recebemos o pri– môr da Mensagem que tanto nos sensibilizou; o Presidente ER– NESTO CRUZ, renomado, zeloso, altaneiro e nobre, que aqui mes– mo, nêste plenário, vós escolheu para Delegado da sua Academia, da vossa Academia, da nossa Academia Paraense de Letras, .por– que bem notou como e quanto ereis digno da sua confiança e da nossa estima ! Poderia continuar a falar-vos dos outros trinta, mas todos são dêsse ouro de lei e dêsse inestimavel quilate. E deverei, tam– bém, dizer alguma coisa de vós. Filho de pais estremosos, é claro que tivesteis uma educa– ção cuidadosa e esmerada. Mas os vossos privilégios - sem quê isso afete os nossos bairrismos e o nosso orgulho nacional - co– meçam quando vós fizeram nascer paulista e paulistano. A esta altura, porém, quero e devo fazer logo um reP.aro: se para a terra do vosso berço, desde a criação dos Cursos Jurídicos, que foram os que passaram a dilatar uma élite de valores para o comando dos destinos da Pátria, afluíram os moços mais bem dotados da Família Brasileira, no que ela poderia ter de mais ponderável, e que se permutavam e alternavam entre a leonina Recife e a vossa promissora Paulicéia, o vosso Carlos Gomes, o nosso genial e des– venturado Carlos Gomes ao tornar definitivamente à Pátria, sem mais o seu Mecenas protetor, desamparado do ambiente do Sul foi encontrar acolhida carinhosa em Belém do Pará, que lhe criou um Conservatório de Música para que o dirigisse. . . Ali se finou e os seus últimos alentos, cercados pela piedosa veneração do bo– níssimo Povo que o pranteou de todo coração e com alma trânsida e aflita, foram fixados _pelo pincel de um pintor insígne, que de– corava as igrejas locais -:- De Ângelis - em téla genial, fichada e comentada em tôdas as pinacotecas destacadas do Mundo. Isso· atesia o progresso espiritual a que atingira o Estado, a Capital e a - 163 -

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0