Revista da Academia Paraense de Letras 1962

.. ~ .. REVISTA DA ·ACADEMIA P ARAENSE DE LETRAS ainda que à distância,- com todo apreço e reconhecimento, ilu– minando a Cadeira n. 32, sob o patrocínio daquêle Natividade Lima que inspirou a Mina Literária e sucedendo a Olavo Nunes, no impávido Cenário que passais a representar, desde agora nesta nossa Federação. E recordo e afirmo que me foi muito grato e consolador, a seis anos passados, deslumbrar-me, de longe, de tô– das as direções - à chegada, ao seguir ou voltar do Amapá, ou ao de nôvo partir - com o panorama, os aspectos e os contatos da Cidade Grande - grande pela extensão, pela beleza e pelo esmalte de seus brazões. . . A Cidade Grande não só de seus grandes fi– lhos mas de todos os seus outros filhos, mesmo os adotivos e en– ternecidos como Humberto de Campos e Alfredo de Assis; de Fa– rias Brito, de Peregrino Júnior e de Carlos Dias Fernandes; de Celso Vieira e de Luiz-Estevão de Oliveira; de Demócrito Gracindo e de Oscar de Carvalho, de Carlos ·Pontes e dos irmãos Palmeira, de Alagôas; a Cidade Grande do telúrico Raymundo de Moraes! a minha também Cidade Grande, deslumbrante e indeslembra– vel !... Retrato-me, porém, para mencionar, mais, em 1895, outro grêmio do mesmo gênero _da Mina, o Ordem e Progresso - sedea– do na residência de um dos seus corifeus, Rodrigues dos Santos, à Estrada de Nazaré - com Péricles Moraes, que seria posterior– mente um titã da palavra falada e escrita, na Academia Amazo– nense, seu Presidente após a perda de Adriano Jorge; com Afonso Mac-Dowel, Dias Júnior, Raimundo Cesário da Silveira, Heráclito Ferreira, Zulmiro Borba, Henrique Leite, Manoel Farias Barbosa, Aristides dos Reis e Silva, Leonardo Martins, Vicente Maués, Fi– lignésio Pena de Carvalho, Paulino Chaves, Parintins Pereira e Misael Seixas; e, ainda, em 1899, a Oficina Literária e o Centro Literário Amazonense; afóra os, de efémera duração e breve lam– pejo, "Club Coelho Neto", "Apostolado Cruz e Souza", "Grêmio Estudantil Paraense", "Grêmio Literário Fagundes Varela", "Grê– mio de Letras", "Escola Literária Antônio Lemos", "Sociedade de Homens de Letras do Pará", "Escola Literária Olavo Bilac" "Ce- . ' náculo dos Novos", "Academia de Poetas Paraenses", e vários ou- tros, dos que viçam e fenecem entre os que transitam· da ·adoles– cência inexperiente para a primeira juventude ansiosa e sonha– dôra. Devo, todavia, recuar mais no tempo, para inclinar-me res– peitoso e reverente, ante a memória dos que fundaram, e~ Be– lém, em 1847, a Polimática Paraer,se e, em 1875, a Aurora Literá– ria. Da esteira ou da galáxia dêsses astros e dessas constelações também irrompeu, em Belém, em 1898, o Instituto Histórico e Geo– gráfico do Pará, que em 1917 renasceria e se haveria de revigorar, -.- 161 - -

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