Revista da Academia Paraense de Letras 1962

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS Na hora do eclipse eu fui aurora Nos cemitérios eu quis cantar Loucos disseram que eu era louco · louco tem asas ? Subi mil vezes ao purgatório Desci mil vezes para chorar Da própria carne fiz um poema eu era puro. Que horas são estas horas ausentes ? Como é que eu faço para voltar ? Perdeu-se o encanto Perdeu-se o canto Perdeu-se a ovelha Perdeu-se a aurora Perdeu-se a fonte Perdeu-se o leite Perdeu-se a ponte Perdeu-se a rosa Perdeu-se o abismo. E eu vou morrendo por muito amar. - - 156 - ..

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