Revista da Academia Paraense de Letras 1962
REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS Ao~ r~p~ques sonoros de 1933, núncio das alvíçaras de seu matr~omo, :une~se nêsse ano, à consorte amada, reali– zando a feliz asp1raçao de Mário Pederneiras em "His' tó · do meu casal" : ' nas "E assim ligados pelos bens supremos que para mim o t eu carinho trouxe ' plàcidamente pela vida iremos ' calcando mágoas, afastando espinhos, como se a escarpa desta vida fôsse o mais suave de todos os caminhos" . O_s de~eres para com a Pátria solicitavam o seu civis– mo de c1dadao. Embora engolfado na luta pela sobrevivência fa; o Curso de Prepa~ação de Oficiais da Reserva, sendo hoj~ 1. Tenente do Exército, onde serviu na última guerra . ~alamos em "concretização literária", que é escrever. E :-1armho da ~~cha a~gamassaria muito material legível, para as suas cromcas, divulgadas nos jornais : "O Estado do Pará", "A Província do Pará", "Fôlha do Norte" e na revista "Amazônia", que o louvável empenho e o entusi;smo otimista de Hermógenes Barra e Georgenor Franco fazem com que ela permaneça, servindo à sociedade e ilustrando o povo que lê . Afundemo-nos, agora, em "Terra Molhada", histórias das Ilhas, que desde a invocação panfagista, na definição de Ronald de Carvalho, atrai, pela "inconsciência telúrica", pela "fascinação de sortilégio", resumindo-se na "Terra da espe– rança sem fim, da promessa lendária e dos sonhos vencidos". Tornou-se processo de investigação psicológica, no con– texto de obras que buscam retratar aspectos regionalistas, verificar se a auto-personalidade do autor teve participação na ambiência, no convívio com os personagens, ·na paisa– gem, na vida local, principalmente ~uando _se cog!ta de livros memorializados brotados de emoçoes da mfãnc1a, como os do ciclo maraj o~ra, de Dalcídio J urandir, "Doidinho", de 'José Lins do Rêgo ''Memórias sem malícia de Gudesteu Rodova– lho" de Gilb;rto de Alencar, "A Estrêla do Pastor", de Fran Martins "Canto de Muro", de Câmara Cascudo, para exempli- ' ficar apenas ê.stes. Malgrado o lastro ficcionista do escritor rea~i~ado, ao procurar reviver cenários da natureza e ,?asos f~millares, se não tiverem os seus "sentidos de criança recebido contacto - 151 .,.,,,..
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