Revista da Academia Paraense de Letras 1962

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS Carlos Barros, Remígio Fernandes, Terêncio Porto, Alfredo Lamartine, Benjamin Souza e outros começaram a se agitar na esfera eterna das letras, decididos a invadir a seo·unda , b dezena do seculo e a lutar na imprensa e dentro de livros pelo paraensismo da terra literária do açaizeiro. Os 20 ano~ seguintes prestaram ao Pará a afirmação dos deuses, na rea– lização de uma geração extraordinária de poetas, jornalis– tas, oradores, escritores, historiógrafos, críticos e juriscon– sultos. Mecenas Rocha, editando (1913 e 1916) seus livros de versos e contos; Queiroz e AlbuquE.Tque (1917 e 1925), de– licado poeta, com três livros publicados; Leocádio Guerreiro (Nogueira de Faria) com "Branca do Céu" (1909); Carlos Barros de Souza com o livro "Arco-Iris", contos e fantasias (1913); Flexa Ribeiro com "Amor e Morte", "Litania Pagã" e "Narciso"; Alfredo Ladislau, obtendo em 1923, o primeiro prêmio da Academia Brasileira de Letras para o "Terra Ima– tura", acontecimento insólito pela justiça prestada à terra do paraensismo; Raimundo Moraes, o grande enamorado da Pla– nície, surge em 1926 com o primeiro da grande série dos seus livros o "Na Planície Amazônica", premiado pela Academia Brasileira de Letras, e obtendo a venda de 25 mil exemplares; Alcides Gentil, Osvaldo Orico, Chermont de Brito, Eneida, em 1929, com "Terra Verde", Elmano, Dalcídio, Bruno, Jaques, Orlando Morais, Edgar Proença, José Simões, aquêle que nada publicou da beleza sem par dos seus versos; Abguar, Sando– val, Lindolfo Mesquita, Thomaz Nunes, Lucilo Fender, Paulo Oliveira, Olívio Raiai, Leví Hall, Machado Coelho, Cécil Meira, Sílvio Nascimento, Eduardo Ribeiro, Ernani Vieira, Taver– nard, Vladimir Emanuel, Ribeiro de Castro, Mário Platilha, Benedito Serrão, Clóvis Gusmão, Benedito Cordeiro, Elzaman Freitas, Venceslau Costa, Muniz Barreto, Oséas Antunes, De Campos, Apolinário Moreira, Martins San'Ana, Nélio Reis, Corrêa Pinto, e as poetisas Brites Mota, Ermelinda de Almeida, Naíde Vasconcelos, Adélia de Lacerda, Elmira Lima, Adal– cinda, Iná Pontes de Carvalho, Lêda Drumond, Dulcinéa e agora mesmo, êsse desfile magnífico de valores que se firmam e se acentuam nas terras encharcadas do Pará. Não me posso esquivar à tentação de citar um exemplo da poesia de Vladimir Emanuel, filho de Alvares da Costa, também ilus– tre paraensista : Fala tôda a cidade de Fulana, Essa linda e estouvada criaturinha porque ao marido engana.. . -140 -

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