Revista da Academia Paraense de Letras 1962

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS o véu tênue que o cobre, para que a verdade de Eça possa surgir. E quantos outros destacados paraenses poderíamos ainda •alinhar ? O fundador de "O Pai-aense", o patriota Fe– lipe Patroni; Maciel Parente, deputado geral, abolicionista desde 1821, orador, poliglota, escritor; Padre Prudêncio -– José das Mercês Tavares, Dom Joaquim Gonçalves de Aze– vedo, reitor do Seminário em Manaus, Bispo em Goiás, Ar– cebispo da Bahia, Primaz do Brasil; Professor Pinto Marques, gramático, geógrafo; Marcelino Lopes de Souza, poeta, jor– nalista, que estremado por amor e saudade, enlouqueceu ao pé da sepultura de sua mãe, no Cemitério da Soledade; Al– cebíades Furtado, poeta e historiógrafo; Joaquim Pedro Cor– rêa de Freitas, mais conhecido por Dr. Freitas, orador, pro– fessor, jornalista, escritor, eminente político; Dr. Manoel Macêdo (Barão de Solimões), contemporâneo em Coimbra de Eça, Junqueiro e Gonçalves Crespo; Cônego Siqueira Mendes, político e professor; Araujo Lima, cientista e escritor; Paes de Andrade, Conselheiro Romualdo de Souza Paes de Andra– de, promotor, juiz, desembargador, conselheiro, senador, poe– ta, escritor e· orador. Quase todos nascidos em cidades do in– terior, predominando Came~á, Acará, Vigia, Barcarena, Mua– ná, óbidos e Santarém. *-- Nascido em 1842, em Quixadá, JOSÉ LUIZ JUCA, em– boPa cantando sempre· as graúnas e as serras da terra cea– rense !;!SCreveu, nos 40 anos vividos no Pará, versos magnífi– cos a propósito da t erra paraense, destacando-se o poema de– nominado "Pará", onde encontramos estas preciosidades : "Sou a mimosa indiana Linda moça Americana, D'esmeraldina roupa[r 1 m A mais pujante das ~las Do vasto harém de Cabral; Tenho formas sedut01ias Por demais provocadoras Da delícia sensual ! Os .poetas, os pintores, Romancistas, trovadores, Desejam pousar a fronte Nêste meu colo ofegante : · - 137-

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