Revista da Academia Paraense de Letras 1962

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS livro : "Pyraustas" . Como Souza Filho amou a terra numa poesia denominada "Pará" : ' Quem me. déra das florestas da minha terra de amores . respirar as lindas flores e escutar o Sabiá! Quem me dera ouvir das brisas as suspirosas endeixas e as brandas, chorosas queixas das aves do meu )?ará . Qual Gonçalves Dias martirizava-o a saudade de sua terra de amores. Faleceu em 1887. __ ·· •-- Em Muaná, no rio Tauary, Engenho Santa Maria nasceu a 13 de agôsto de 1848 Carlos Hypolito de Santa He~ lena Magno. Formado em b.acharel no ·Recife, dedicou-se à advocacia no Pará, tendo percorrido depois vários países da Eu:,;opa. Conquistando em concurso a cadeira de Geografia no "Lyceu Paraense", foi nomeado a 23 de outubro de 1878. Poeta brilhante, rigoroso na Jórma, requintado no assunto, desde muito jovem começou a escrever. Suas famosas poe– sjas "0 ouro e o carvão" e "Rosa Desfolhada" são primores de inspiração ..- No diálo~o _entr_e o ouro e o carvão, diz êste a certa ·a:1tura: Negro, como me vês,. ~ou nece~sário E mais serviço presto a humamdade Do que tú, deus inútil do usurário ! Entra e vê na cidade : Férve .o rumor e a faina do trabalho Ergue~se ó fumo em rôlos ondeantes sou e1.1 que a fórja e o malho E os praços movo às. fábricas possantes ! un{a ternura infinita flue d_a outra poesia, "A Rosa Desfolhada", que assim começa_=:· · Rosa tão linda para que morreste E assim ·pendeste para o chão o rosto

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