Revista da Academia Paraense de Letras 1962

• ~~STA D~ ~C~J:MIA PARABNSE DE LETRAS . . . . . . . . : . . tes, sem que nada possa depois suprimir ou apagar para es– crever outra vez, que o Livro da Vida é bronze e eterno. o bronze eterno dos exemplos, dos sacrifícios, na tolerância e na severidade; na graça e na punição; no plantio e na co– lheita; na resignação e na glória; no castigo e no amor . E depois, escrito o livro, que será a preparação das resistências filosóficas do homem; vê-lo circular, ser lido, co: mentado e citado - Catecismo do Bem, Breviário do Amôrj Manual do Trabalho. . A ela e a êles - a oferenda desta noite maravilhosa: desta noite sem sombras, translúcida e maviosa, para nós insuperável, consolação nas dôres futuras, comurthão univer– sal dos nossos pensamentos na recordação inextinguível de me ouvirem entre príncipes e artistas da Academia. II O PATRONO - Arthur Otávio Nobre Viana O Patrono da Poltrona número 1 da Academia Paraen– se de Letras, Arthur Otávio Nobre Viana, professor, jornalista, cronista e historiiador, nasceu nesta cidade de Belém do Pará a 11 de novembro de 1873 e faleceu a 14 de setembro de 1911. Os trinta e oito anos de sua~vida fôram preenchidos pelas mais altas e puras atividades ·que um homem pode exercer. Ainda aluno do Liceu Paraense, em companhia de Alcides Maia e Manuel Lobato, assumiu o encargo de criticar pelas colunas do "Diário de Notícias", a tese para concurso de His– tória, de Enéas Martins . E de tal fórma o fizeram os três '!?e– los espíritos que desabrochavam, assinando "alguns alunos do Liceu Paraense", que o trabalho foi imediatamente atribuidó ao mestre Cônego Domiciano Perdigão, professor .daquêlE) educandário. , Em 1898, contando apenas vinte e cinco anos de idade· foi nomeado para exercer efetivamente o cargo de Diretor d~ ?:3iblioteca e Arquivo Público, ao qual durànte nove anos deu brilho excepcional. Organizou e forneceu valiosa documen– tação ao Barão do Rio Branco, concernente às questões dó Amapá e da Guiana Inglêsa. Nos anais da Biblioteca iniciou ç1, .publicação de importantes documentos históricos. Jornalis– ta desde.os bancos escolares, deixou parta produção em jor– nais e revistas, notadamente no "O Democrata", na "A Pro– víncia do Pará",. na "Fôlha do Norte" e "Pará-Médico". Exer– ceu _o magistéri<;> e fundou o "Jornal do Comércio", que cir– ·c_µ,ou ·_em -1904, do qual foi redator-chefe. Tornou-se famo# -124-

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