Revista da Academia Paraense de Letras 1962

t o REVISTA DA ACADEMIA PAKAENSE DE LJ:TRAS 1 mo~reram s· rebelados,. sendo 39 aprisionados, sofrendo 08 le– galis~as 5 .soldados fendos e a morte do bravo João Mariano Falcao, cnvado por 2 balas e 1 palanqueta. Foi O herói que se ofereceu em holocausto ao resgaste da plaga nazarena rudemente atingida pela cega paixão política do tempo e q_ue o troço de~barata~o pagou bem_ caro nas pelejas de Ma– ncota e ~atuca de ma10res proporçoes..! desferidas pelo Coro– nel Amorrm Bezerra, numa perseguiçao sem tréguas. Mudára-se a luta pam Recife. Nazaré, então, se fez grandemente valorosa pelo envio de sua coluna combatente em socorro da Capital, comandada pelo coronel João José da Costa Pimentel, defensor da Soledade, acompanhado do ma,. jestoso Chefe de Legião, José Maria de Barros Barreto, a quem o Presidente Vieira Tosta denominou de benemérito galardoado com a Comenda da Ordem de Cristo. ' Foi uma luta de . leões a de 2 de fevereiro de 1819, de– senvolvida nos bairros da capital pernambucana a se esba– ter na história da terra nortista. Tomaram postos nas fôrças rebeldes os seguintes na– zarenos : Manoel Pereira de Morais, como Chefe de Divisão; coronel Leandro, Cesar Paes Barreto; tenente-coronel Manoel Pecano de Albuquerque Maranhão; majores Dr. José Maria Cardoso e Manoel Maria Cardoso, capitão Luiz Severino Mar– ques Bacalháo; Miguel Bezerra Cavalcanti e Francisco Ber- nardo Cavalcanti. Não parece que os conjurados daquêle domingo de fins de outubro, que se reuniram no sobrado do largo da Matriz tivessem tomado parte ativa e belicosa nos vários encont~os armados em rebeldia, pois somente é encontrado, João Martins Raposo como passível de prisão por despacho de pronúncia . · Em tudo isso avulta como bandeira desfraldada ·aos quadrantes históric~s da época e da terra, afóra a indivi– dualidade invulgar de Joã? Marinho F8:lcão, ~ pessôa .do Guarda Nacional de Nazare - Manoel Lmz da Sllva - fendo e morto nos embates do Recife, como padrão de coragem que lhe· mandára a invicta e gloriosa vila de Nazaré da Mata. - 109 -

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