Revista da Academia Paraense de Letras 1962
R•VIS'l'A DA ACADJHIIA PARABNSE DE LBTRAS tonio de Albuquerque Maranhão e o Alferes Francisco Xa– vier da Costa, a mando dos guerrilheiros Manoel Pereira de Morais e João Paulo Ferreira, apoiados nos seus seiscentos atacantes, frente às cinquenta praças locais, então abrindo as portas da cadeia aos criminosos homicidas, num predomí– nio de armas que por felicidade, sómente perdurou pelo es– paço de 6 horas, pois que tiveram aquêles dois chefes de abandonar a terra ocupada, graças à aproximação da coluna de José Vicente de Amorim Bezerra ao seu encalço, vinda do engenho Crussahy, do valo~oso legalista José Maria de B~– ros Barreto primo do conJurado Amaro José Lopes Couti– nho, um do~ concordantes do sobrado do largo da Matriz de Nazaré •à adesão praieira amotinada. O r esultado profugo atacante, nem por isso deixou em calma a Vilá invadida, que restou desamparada pelas volantes fôrças do govêrno, dando aso a que o Cor'onel da Guarda Nacional Joaquim Gonçalves Guerra, destacado pró– cer liberal, aliciando uns 200 cidadãos de sua grei tomasse conta da vila em alvorôço, quando o coronel da aludida Guar– da Nacional do Têrmo do Limoeiro, Henrique Pereira de Lu– cena, veio ocupar Na~aré, de onde destacou um troço de suas hostes ao engenho Pedregulho, às portas nazarenas. oroprie– dade do Juiz de Direito Joaquim Manoel Vieira de Melo, ali não encontrado, cingindo-se em arrombar as portas da oasa grande, danificando móveis e espancando escravos . Ao govêrno Ferreira Pena e brigadeiro José Joaquim Coêlho com seu tenente-coronel José Maria Ildefonso Ja come da Veiga Pessôa era mistér libertar a vila nazarena da posse praieira em revolta. Isso ocon-eu aos 28 dias a inda do mês de novembro ao nascer do dia, com o aparecmiento das fôrças legalistas em três colunas a marcharem por três pontos dados : a do cen– tro, pelo comando do chefe da coluna Veiga Pessô::i a da di– reita, pelo Capitão do 5. 0 Batalhão de Fuzileiros. AM:elo Ba– tista Mendes; a da esquerda, pelo Capitão João Marinho Falcão, tôdas· recebidas por cerrada fuzilaria, advinda de vá– rias casas do percurso da tropa, que se fez maior e encarni– çada, a quando despejada do côro da Matriz, onde se havia alojado o grosso, atacado com o grave desrespeito à sagração do templo cristão, em pungente profanação . Com que tris– teza infinita Nossa Senhoria assistia o desvairamento -em se– melhante descalabro sanguinolento! A fôrça reparadora, todavia, abrindo caminho entre balas, enfrentou afinal a corrente contrária, pondo-a em· fuga, ·após um tiroteio renhidb de uma hora . Na refrega - 108 - (
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