Revista da Academia Paraense de Letras 1961
.. - - Profissão de Fé na Poesia Padre BELCHIOR :MAIA D'ATHAYDE (Da Academia Pernambucana de Letras) · Temos o prazer de publicar a íntegra do discurso pro~ nunciado pelo Padre Belchior Maia d'Athayde, na sessão so– lene que a Academia Paraense de Letras realizou à noite de 29 de dezembro de 1955. O discurso do Padre Belchior foi de agradecimento pelo prêmio "Vespasiano Ramos", que lhe coube no concurso de literatura instituído pelo Silogeu no ano de 1956. Conquistou aquele prêmio com o seu livro de versos "Bissextas", já editado pela Gráfica Falangola: "Aqui estamos: Cláudio Barradas, Lindanor Celina, Cân– dido Marinho Rocha, Otávio Avertano e eu, para, nesta noit e de gala , em que a Academia Paraense de Letras inaugura a sua Séde Social Provisória, recebermos os prêmios e men– ções literárias, a que dentro da relatividade das cousas hu– manas fizemos jús neste ano literário que se finda. Cumpre-me em meu nome e em nome dos companhei– ros laureados dizer uma palavra que traduza o que sentimos e o que pensamos deste acontecimento. O que sentimos ... por certo que sentimos nos avassa– lar a alma uma onda montante de gratidão que se eleva e transborda aqui, em agradecimentos que não quereriam ser protocolares apenas, que não quereriam apenas traduzir um "muito obrigado" gentil, mas frio. ~les quereriam ter a sin– ceridade dos atos espontâneos e o calor dos atos sinceros . Silogeus há que não cuidam de e:5timular os valores, em ato ou em potência, que todos os dias nascem, vivem, andam conosco, sentam-se à nossa mesa, fazem parte dos nossos co- 1oquios, na esperança de uma oportunidade que nunca chega. Inúteis e fossilizados , vivendo de gloriolas p assadas, indiferen– tes a qualquer progresso, trancados na avar eza de um mísero dote, olhando os que passam, misturados com o vulgo piedo- - 81
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