Revista da Academia Paraense de Letras 1961
ereção constante . Sim . . . o passado do Bruno . Êle mesmo vai res– ponder, NUM SORRISO: "Não investigues meu passado. A vida é uma alvorada, é a Canção da Alegria para o homem que a contempla deslumbrado . Não investigues meu passado . Tu és a vida e esta Canção e esta Alegria que me deslumbram! . .. és a Mulher ... A mais amada! Vive por mim! Sonha esta hora fugidia ... A vida é um di.a que crepuscula ao rosicler ... Queres saber do meu passado ? A minha vida é só memória, é inferno, é céu, é paraíso . Procura toda a minh.a história na ti:iste flor do meu sorriso . .. Bruno, meu irmão de sonho e de ideal, Esta festa de t anta poesia tem o cunho vivo e gritante da since– ridade dos teus confrades e dos teus amigcs, dos teus admiradores, de todo o povo desta terra que te conhece tanto, h cmem que escreve sôbre os temas de sua observação da vida, principalmente do meio social, de onde tira seus personagens, homem que prefere o povo e o seu meio nos seus romances. . Não sei se é.s mais romancista, mais folclorista, mais cronista ou mais critico . Sei apenas que és poeta e por isso mesmo desde menino tens dado poesia aos homens de tu.a terra. Nasceste poeta, e ao en– sejo dos teus 40 anos de poeta, obtens merecidamente um prêmio de p cesia . Por isso mesmo, fatalidade lírica e poetica, tens esbanjado perdulariamente a tua vid.a, autentico Faraó da estésia e da beleza. Vivendo a vida das lutas e do~ empurrões, integrado no povo como um elemento ativo das ma.ssas, nas cooperativas e nos sindica– tos de elas.se , nas pastorinhas e nos Boi Bumtás, tu plantaste no destino do teu n ome sementes de raras virtudes e singlitar_es bri– lhantismos : 0 3 t eus filhos . Um, meu colega nos bancos ginasiais 0 Conêgo Geraldo, espalhando a poesia da esperança nas almas entris– tecidas e a luz da fé nos corações felizes; outra, a Irmã Gertrudes semeando canteiros de versos n a caridade do seu hábito de mcnja: outro, o Stélio, valorizando o poesia da lei na justiça dos tribunais: outro, o José Haroldo, perpetuando a poesia da saúde no sofriment~ da infância enferma; outra, a Lenora, arrancando d.as teclas bran– cas as rosas rubras da poesia da música eterna do imortal Carlos Go– mes, sacerdotisa do piano que é ; e mais as Maria Rute e :Ma.ria de Belém, cujos nomes são duas bondosas poesias exaltando a pureza dos princípios cristãos, que já defenderam até em Congresso Católi– cos Internacionais , 72
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