Revista da Academia Paraense de Letras 1961
L ~auiatão ao ilrniemirn Uionor lima (Em 17 de março de 1957). GEORGENOR FRANCO No dia 17 de março de 1957, em sessão solene, foi empossado na Academia Paraense de Letras, o dr. Eldonor Lima. O novo "imortal" foi saudado pelo acadêmico Georgenor F.ranco, que pronunciou o se– guinte discurso: "Antes de iniciar a leitura do discurso de saudação a El– donor Lima, cumpre-me prestar um esclarecimento ao ple– nário. Entre mim e Eldonor Lima foi quebrada uma tradicional praxe acadêmica: a troca dos discursos, o prévio e anteci– pado conhecimento das orações . Eu ignorava, por comple– to, o que êle vjnha dizer, e disse brilhantemente, aqui. ~le, por sua vez, desconhece, integralmente, o que eu vou dizer. Trabalhamos assim, mais a vontade, mais a nosso gosto e não . ficamos presos à êste ou aquele fa tor. Esse esclarecimento, meus senhores, se torna indispen– sável e imperioso, pelas coincidências que todos observarão em determinados trechos do meu discurso com o que proferiu, para encantamento nosso, o novo "imortal" conterrâneo. Nesta noit e em -que a Academia Paraense de Letras se enfeita e engui.rlanda para receber a mocidade triunfante de Eldonor M. Lima, há uma verdadeira festa de coincidências e contradições. Vem êle ocupar a poltrona de Bento de Mi– randa, notável cientista, pela qual passou ilustrando-a, com o seu talento de elite, Rainero Maroja, romancista vigoroso. E é recebido por um jornalista e poeta . . De Bento de Miranda, pouco sei, confesso. Não er a es– critor, nem poeta, nem artista. Era um engenheiro notabilís– simo, um insígne matemático e foi , por diversas vezes, par– lamentar brilhante, membro efetivo da Comissão de Finanças - 37 -
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