Revista da Academia Paraense de Letras 1961

ções de Histórias das Literaturas" - que em 1759, por m1- ciativa de José Mascarenhas, conselheiro de ultra-mar na Ba– hia, fundou-se ali nova sociedade literária, na qual se tentou fazer renascer a extinta Academia, e daí o seu nome de "Aca– demia dos Renascidos". O programa era o mesmo : estimular as letras e servir ao estudo da história de nossa terra . Teve ela a duração ainda mais breve que a primeira, pois nesse mesmo ano se dissolveu, em consequência da prisão do seu fundador e diretor, perpétuo, culpado de não ter dado cum– primento a ordem secreta que t rouxera de Lisbôa contra os Jesuítas . Da "ACADEMIA DOS RENASCIDOS", fizeram parte, como sócios de número o tenente-coronel José de Mi– rales, Frei Antonio de Santa Maria Jaboatão, Claudio Ma– noel da Costa e outros . E' ainda Manuel Bandeira quem diz, que no Rio, a Academia mais antiga foi a dos FELIZES, de 1736 a 1740, a quem se seguiu a Academia dos "Seletos" , fun– dada em 1752 e, finalmente , a "SOCIEDADE LITERARIA", fundada em 1786, por Silva Alvarenga. Todas elas tiveram ó.uração efêmera, sendo que a dos "Seletos" celebrou apenas a sessão magna de abertura". Em 1896, Lucio de Mendonça, na redação da "Revista Brasileira de Letras", teve a feliz jdéia de fundar a "Academia Brasileira de Letras" ; e, para isso, convidou para primeira reunião, na redação desta re– vista, os seguintes intelectuais: Machado de Assis, que foi o ~eu primeiro presidente; Artur Azevedo, Joaquim Nabuco, José do Patrocinio, José Veríssimo, Medeiros e Albuquerque, Olavo Bilac, Inglez de Sousa, Ruy Barbosa, Aluízio de Azevedo, e tantos outros que me não ocorrem os nomes, para comple– tarem o número de 40 poltronas desse Silogeu brasileiro. O historiador Ernesto Cruz, em seu belo discurso - "Sau– dação a Peregrino Junior" , proferido na sessão solene de 3 de maio de 1956, comemorativa do 56 aniversário da funda– ção da Academia Paraense de Letras, disse que a nossa Aca– demia, depois da Academia Brasileira de Letras, é a mais an– tiga. Não é demais citar n estas !'eminiscências os nomes da– queles que fundaram a Academia Paraense de Letras : Fre– •:ferico Rhossard, Juvenal Tavares, Guilherme Miranda, Teo– doro Rodrigues, Licínio Silva, Meneleu Campos, Acrisio Mota, Artur Viana, Olavo Nunes, Augusto Montenegro, Alcides Ba– h ia , Vilhena Alves, Artur Lemos, Passos de Miranda Filho, Cândido Costa, Castro Pinto, Marques de Carvalho, Barão de Guajará, Antonio de Carvalho, Paulino de Brito, João de Deus do Rêgo, Augusto Borborema, Heliodoro de Brito, João Lúcio de Azevedo, Lauro Sodré, Serzedello Corrêa, Barroso Rebelo, Barbosa Rodrigues, Enéas Mar tins e Henrique Santa Rosa. Teve a Academia vida breve, dias mar cado pela intem- - 26 -

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