Revista da Academia Paraense de Letras 1961

f- O 61. 0 ANIVERSARIO DA A. P. L. Abrindo a sessão de 3 de Maio de 1961, o academico Ernesto Cruz, seu Presidente proferiu o seguinte discurso: Com aquela meticulosidade reve1ada nas pesquiza.s sôbre as ori– gens do movimento literário da vida de Belém, Eustaquio de Azevedo nos oferece em "LITERATURA PARAENSE", detalhes interessantissi– mos a respeito das associações culturais, que existir.aro no Pará, desde o século XIX. As sociedades de letras "FILOMATICA PARAENSE" aparecida em 1847, a "AURORA LITERARIA" fundada em 1875, e a "MINA LITE– RARIA" datando de 1895, foram, sem dúvida, as precursoras dessa vida laboriosa das letras em nosso Estado, principalmente a última, que fez época e ganhou larga e merecida projeção entre os intelec– tuais desse tempo. Outras associações como a "ORDEM E PROGRESSO", o "CENTRO LITERARIO A.MAZôNICO" e a "ASSOCM.ÇAO DE IMPRENSA DO PARA" deram, nas respectivas épocas esplendidas demonstrações da sua existência, prcmovendo tertúlias literárias, conferências, festas de caráter cultur-al e cívico, estimulando aqueles que tinham, realmen– te , pendores para a prosa, para a poesia, revelando-se depois magni– ficos escritores, inspirados poetas, pois p.ara tanto havia de servir o incentivo público A Academia Paraense de Letras teve a sua origem no ano de 1899, depois que a MINA LITERARIA foi extinta . Não é fácil acom– panhar os seus pasrns desde aquela primicia . Mas é possivel citar os nomes daqueles que os tem ligados á vida do Silogeu, desde a sua ins– talação oficial. Ei-los: Frederico Rho.ssard, Juvenal Tavares, Gui– lherme l\i.liranda, Teodoro Rodrigues, Licínio Silva, Meneleu Campos, Acrisio Mota, Artur Viana, Olavo Nunes, Augusto Montenegro, Alc 'des Bahia, Vílhena Alves, Artur Lemos, Passos Miranda Filho, Candido Costa, castro Pinto, Marques de Carvalho, Barão de Guajará, Antonio de Carvalho, Paulino de Brito, João de Deus do Rêgo, Emilio Goeldi, Augusto Borborema, Heliodoro de Brito, João Lúcio de Azevedo, Lau– rn Sodré, Serzedelo Corrêa, Barroso Rebelo, Barbosa Rodrigues, Eneas Martins e Henrique Santa Rosa. A 3 de Maio de 1900, no Teatro da Paz, em comemoração á data nacional que se festej ava, foi a ACADEMIA inaugurada oficialmente, juntamente com o Instituto Histórico e Geográfico do Pará . Depois da Brasileira é, a Par.aense, a mais antiga Academia de Letras do Pais . Várias e por vezes longas interrupções, marcaram a vida do Silogeu . No .ano de 1913, Rocha Moreira e Martinho Pinto o poet a e o jornal'ist a, .fizeram resurgir a Academia . Daqueles jovens homens de letras, da época, estão vivos merecendo de nós todos as homenagens do nosso respeito e admiração o jorna lista Paulo Maranhão e o poeta Augusto Meira . --- 179 -

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