Revista da Academia Paraense de Letras 1961

que encerra, pela poesi.a que tem a fôrça filosófica de uma grande tese e em via de realização apenas meio século depois: "E' das mãos calosas do operário Que a estátua do progTesso há de surgir. f:ste século é o grande itinerário De um século de luz que inda há de vir!" Um dos últimos trabalhos de Inácio Moura foi a demarcação do patrimônio de Cametá, de sua terra natal, a convite do então saudoso e ilustre prefeito, José Heitor de Mendonça . Dizia Moura que foi êste o tempo mais feliz de sua vida, o reencontro com a terra, a g,ente, e as águas do seu decantado Tocantins. Estas considerações mínimas e singelas, sôbre o vulto do insigne paraense, achei do meu dever trazê-las a meus pares da Câmara dos Deputados; êle era, na verdade, um dos maiores homens do meu Es– tado, cuja lembrança a todos nós das plagas da .Amazônia enche de saudade e cresce em nossa veneração, como o expoente que foi da ciência, da literatura,, da história, da geografia e da sociologia bra– sileira. Sua vida foi um exemplo de ideal que nunca esmoreceu, e que hoje resplandece quando recordamos a figura do mestre imortal que foi Inácio Batista de Moura. (Muito bem). - 172 -

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