Revista da Academia Paraense de Letras 1961

-l., 1 rememorado no interessante trabalho do meu prezado amigo e primo Georgenor Fr-anco, intelectual que atua no jornalismo e é a alma animadora da Academia Paraense de Letras que acaba de comemorar o centenário de Inácio Moura cuja cadeira naquele sodalício tenho a honra de ocupar desde 1929 . "A IMPRENSA DO PARA" Sigamos adiante. A idéia Caminha como o Protheo: Tem a cabeça de Dante E o facho de Prometheo A campina una-se .aos montes Acelerem-se os horizontes Que a terra una-se ao céu; Sequem do cálice os travos Não pode haver mais escravos Do porvir rasgue-se o véu! Da Pátria a chaga medonha Vamos com beijos curar; A ingratidão de três séculos O amor vai acabar . E essa triste figura Que se chama a escravatura Há de servir de troféu Esforça-se o preconceito Erga-se a voz do direito Que a liberdade venceu! Não sei aqui o que vejo Nos olhos da multidão. - A história triste de um povo E um dia de remissão; Fêz-se de penas escala Houve o azorrague a senzala, O tronco a fome o estertor Mlas hoje meu Deus consola Traz em triunfo a esmola O que ainda ontem era dor! A mulher tem sempre um beijo Para a lágrima secar; Para o gemer sufocar A mocidade tem hinos Retirem afinal da .arena o corvo, a vítima, a hiena, A vergonha e o chacal; Transforme-se tudo em riso Seja o inferno um paraiso Chamem bem ao que era mal - 169

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