Revista da Academia Paraense de Letras 1961
r "' vremente, transmitiu na sua obra. Preferências também êle as teve (Felipe de Oliveira, p. ex.), entre os melhores poetas e escritores das mais variadas tendências, inclusive os moder– nos. Nrnhum porém o impediu de falar a linguagem do coti– diano, de amar a sua terra e a sua gente, de escrever poemas do quilate de "Ecos da Selva", "A Voz da Amazônia" , "Matin– ta perêra", "Foi bôto, Sinhá", "Dentro da Selva", "Entre o éter e o lôdo", "Trilogia Tropical", "Liamba", e tantos outros em q~1e nos fala da Amazônia cabocla, talqual ela é na realidade, com sua "Música lá de cima, no Norte abandonado", numa cadência, de batuque: "Batuque mazombo, paródia de bombo, retumba, retumba, enquanto a pretada, luzindo suada, prepara a _macumba . - "Minha santa donzela" : . . (Pum-pum! Pum-pum-pum!) .. . "di roupa amarela . . ." (Pum-pum! Pum-pum-pum!) "qui bela tu é! . . . Ti apressa, ti achega, tem pena da nêga, qui tanto ti quél .. ." E estruge o batuque à fôr ça do muque batido a vigor . .. E a roda se .torce, contorce, retorce, jibóia de horror ... "Façai curo qui êle .. ." (Pum-pum! Pum-pum-pum!) " . . . si cóce, si pele ... " (Pum-pum! Pum-pum-pum! ) "Sómente por eu !. . . E t udo qui tenha di mim só qui venha, qui sêgi só meu! ... " E ao vento de açoite r epassam morcegos que vão e que vêm, tal como se a noite mais n egra que os negros, sambasse t ambém". - 131 -
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