Revista da Academia Paraense de Letras 1961

.. • • e de nossa g8.cação. pelo trabalho honesto e pelo espírito, voltado para o bem e o que é útil. Creio que ambos acerta– mos, no relógio da vida, os ponteiros de nossos destinos. Não falhamos, não mentimos ao que conseguimos aprender nos livros e na escola sábia da vida", não nos empolgamos pelas vitórias e atrás delas sempre andamos, porque a maior con– quista está à frente e é preciso alcançá-la, nem esmorecemos diante dos fracassos , tão necessários ao aperfeiçoamento de nosso caráter e de nossa força de vontade, fracassos que não •devem desencantar, mas ensinar e fortalecer nosso ânimo, nosso espírito, nossa alma. O nome de Jarbas Passarinho é hoje conhecido no Bra– sil pela notável obra de nacionalismo, nacionalismo brasi– leiro, imicaménte brasileiro, e por isso mesmo, universalmente humano e cristão, que realiza, silenciosamente, como fazem os verdadeiros idealistas, na Petrobrás, setor da Amazônia. Eu disse acima não saber se, quando ginasiano, Jarbas Passarinho pensava em ser um escritor ou um ·militar. Acre– dito, entretanto, que êle àquela época, pretendia palmilhar, mais cêdo ou mais tarde, o terreno das letras, pois, nascido em 1920, em Xapurí, no Acre, transferiu-se aos três anos de idade, com sua familia , para Belém, cidade em que fez os cursos primário, secundário e colP.gial. Quando cursava o pré– polítécnico, iniciou-se nas letras locais, assinando crônicas para a extinta revista "A Semana", de que foi colaborador regular. Ao lado de Dalcidio Jurandir. Paulo e Daniel Coelho de Sousa, Cécil Meira, Stélio Maroja e Luiz Ribeiro, fez parte do corpo de redatores de "A Guajarina" , revista na qual Pe– regrino Junior, Martins Napoleão e Osvaldo Orico, iniciaram os primeiros vôos de literatura. Seguindo para o Rio de Janeiro, tentou o concurso de ad– mü;são à Escola Militar do Realengo, onde ingressou em 1940, Em 1943, foi declarado Aspirante da Arma de Artilharia. Como estudante militar, fez parte do corpo de redatores da "Revista da Escola Militar" . Foi orador oficial e posterior– mente, Presidente da "Sociedade Academica Militar", equi– valente aos Diretores Universitários. Como Capitão Instrutor do CPOR de Belo Horizonte, em 1949, participou do concurso de contos promovido pela Prefeitura Municipal da Capital de Minas Gerais , em coo– peração com os "Diários Associados" e logrou o primeiro lu– gar, com o conto "Um viuvo solteiro", então publicado pela cadeia dos Jornais de Assis Cl'lateaubriand. Foi a primeira grande vitória que conquistava no t erreno da ficção nacional. Já Major, aluno da Escola de Estado-Maior, foi redator– chefe e, depois diretor da "Revista do Clube Mliitar", nos anos de 1954-1955 . - 101 -

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