Revista da Academia Paraense de Letras 1961

• .. olhos e para o desvanecimento do nosso espírito, foram feitas por conta da Academia. Para isso, abrimos há tempos, uma conta especial, nos Bancos desta cidade, com os recursos pro– vindos de verbas concedidas ao Silogeu pelo govêrno da Unioo. Economizamos zelosamente centavo por centavo, com o pro– pósito exclusivo de empregá-los. nesta Casa. Chegamos ao fim da empreitada, sem dever nada a nin– guém, sem desperdiçar um cruzeiro, e tendo ainda em depósito saldo apreciável para a pobreza dos nossos recursos. Destacamos, para que todos saibam e possam julgar, de– pois. com justiça e encômios, a colaboração que nos deram, em todos os momentos, nos mais calmos e nos mais atribula– dos, os meus leais e diletos companheiros da Diretoria e de ideal, acadêmicos George!'lor Franco, Eldonor Lima e Bruno de Meneezs. Agradecemos aos dE;mais confrades a confiança i; a solidariedade, com que sempre nos estimularam, não per– turbando o nosso trabalho, não entravando a nossa marcha, não distraindo um só momento as nossas atenções voltadas unicamente para o objetivo comum: a séde própria. Devemos destacar, porém, os nossos agradecimentos, a S. Excia. o Senhor General Magalhães Barata. A Academia Paraense de Letras é, incontestàvelmente, a expressão lídima da cultura da terra. Congrega moços e ve– lhos, poetas e prosadores, sem preocupação de fronteiras, de distâncias, de escolas literárias, sem as peias que a idade pos– sa impôr . Joaquim Nabuco, a este propósito, no discurso que pro– nunciou na Academia Brasileira de Letras, na sessão inaugu– ral, a 20 de julho de 1897, disse: "Há dois climas na vida : o passado e o futur o . A Academia, como e nobre romano tem a sua vida divi– dida em casa de verão e em casa de inverno. Podeis habitar uma ou outra, conforme o vento soprar" . A Academia Paraense de Letras vai à caminho da sua finaUdade , sem dar cont a do verão ou do inverno, que de– finem as estações extremas da vida. Assim é o tempo. E o qne é o tempo? Responde o poeta: "E' nada o tempo em frente à eternidade .. . " Não tivemos neste trabalho árduo e constante, preocupa– ção do tempo. Realizamos sem alarde, a tarefa que coloca– mos sôbre os ômbros . E aí está, à vista de todos, a obra realizada. . Não destacamos, nesta sessão solene, apenas a conquista que realizamos, as palmas que obtivemos, os louros que ganha- 9

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