Revista da Academia Paraense de Letras 1961
., ... • Saudação Ao Escritor Laureado Na sessão de 3 de maio de 1960, da Academia Para• ense de Letras, o acadêmico Georgenor Franco, pro– feriu o seguinte discurso, saudando o major Jarbas Passarinho, que obteve o ·prêmio "Samuel Wallace Mac-Dowell", com o seu romance TERRA ENCHAR– CADA. "Antes de ler os dois poemas de minha autoria, solicito ao sr. Presidente, aos meus confrades e à seleta assistêpcia, que me concedam o prazer de apresentar ao nobre vitorioso desta noite de gala - Jarbas Passarinho - em nome da ge– ração à qual êle e eu pertencemos, as nossas mais sinceras e entusiasticas congratulações pela brilhante conquista do seu talento. Brilhante, merecida e justa conquista. Congratula– ções que se impõem ser extensivas ao Govêrno do Estado, ca– t,endo, num preito de jw,tiça , recordar, com respeito, o no– me do criador dos concursos literários "Samuel Wallace Mac– Dowell", o saudoso Gen eral Magalhães Barata, e extensivas as congratulações à APL, ambos, Govêrno e Silogeu, unidos para revelar ao Brasil, os novos valores culturais de nossa t erra. Eu e Jarbas Passarinho, fômos contemporâneos no Gi– násio Pais de Carvalho, onde a inteligência do professor Al– ves Maia., descobriu, quando escrevi, três laudas de papel sô– bre o Duque de Caxias, que em mim estava latente um es– critor e um poeta, vaticínio que êle, ufano e orgulhoso como mestre bom que era, foi transmitir ao meu irmão Edgar Franco, àquela época, 1934 ou 35, se a memória não mente Secretário de Financas do Estado . ' Fomos, dizia, contemporâneos no Ginásio. Aquela época jamais passou pela minha mente a possibilidade de um dia estar na Academia de Letras e ser um de seus Diretores. Devia eu ser anti-acadêmico, como todos os jovens em tôdas as épo– cas e em todos os tempos, porque é da própria essência da juventude ser do contra. Aquela época eu tinha, confesso grande vontade de ser jornalista, mas n ão jornalista do es~ - 99
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