Revista da Academia Paraense de Letras 1961

'Sartie sôbre literatura, isto é, que literatura comprometida não se deve confundir com literatura sectária ou dirigida, e cita textualmente o autor de "Problemática de la Literatura" : "Porque la literatura comprometida no supone, en principio, otra .cosa que la afirmación taxativa de la responsabilidad insoslayable dei escritor. Por consiguiente seria más claro hablar siempre de lite– ratura responsable que de literatura comprometi– da". (3.ª parte, págs. 185-186). Essa é a função social da literatura como a de tôdas as artes, função que ela cumpre sempre que se afirma com au– _tenticidade e com fidelidade a si mesma. Não é ocupação gra– tuita e ultrapassada, nem se pode, classificar de erudição inútil e ociosa. E' compromisso e testemunho, e por isso mes– ·mo tem direito a um lugar . destacado na configuração dos valores com que o homem moderno pretende combater e ven– cer o negativismo envolvente, a opressão da pessoa humana e a injustiça social. Suprimí-la dessa luta, seria o mesmo que renunciar a uma potente fonte de energia interior e ao mais expressivo instrumento de completação dos homens - uns aos outros. E foi isso o que disse o Papa Pio XII, de saudosa memória, em seu discurso ao I Congresso dos Artistas Cató– licos : " . . . a arte ajuda os homens, não obstante tô– das as disparidades de caracteres, de educação e civilização, a conhecerem-se, a compreenderem-se, pelo menos reciprocamente se intuírem e por con– sequência, a porem em comum os respectivos recur– sos com o escôpo de completarem-se uns com os outros" . - 98 - . • ..

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