Quero - 1946
_t_O________ ~ ______ Q~ U_ E_ R_O____ _____ _ _ ____ +========-- .JUVENTUDE FE. M ININA CA T ÓLICA Para você jovem leitora esta história verídica (Por MARIA LEONOR HESKETH) (Da J . F. C .) A meninada a legre passa aos grupos, le– vando garbosa o pendão verde -amarelo, em varetas de pau. Bandeirinhas de sêda, de p3pel ... Apregoam os rapazolas dos muri- tis trancados de variadas formas. E' o dia e.o Brasil. Dia da nossa Páiria. Indepen– ê.é"lcia! Liberdade! E as mangueiras se cur– vam amistosas sóbte os pelotões que se for– mam nas principais avenidas . Exército, Ma– i-i1lha, Aéronáut ica, Instituições diversas, clabes, em desfile passarão ante o povo, que já' se apinha na Praça da República. :E a a11imação é grande por toda parte. As fa– mílias têm nas sacadas das casas a Bandei– ra imaculada do Brasil-Orgulho de uma Pátria livre e cristã. As jovens risonhas o di:;postas são, como sempre, a nota mai~ encantadora dos conjuntos populares. Qual a Joven paraense que, no 7 de setembro, nã:, vai ao Largo da Pólvora, levar à grando :F'ei:;ta da Pátria, com a sua presença, a pro– va dos sentimentos patrióticos de sua al– ma? Qual a moça que, naquele dia, não :ia;i questão de apreciar o movimento e, de ves– tido novo , gosta também de ser apreciada? Aos pés da Virgem de Nazaré, um vulto fr,minino se mantêm em fervorosa oração . Cabelos pretos, corpo esguio, demonstram bi>tn a juventude daquela criaturinha. Ana r<.aria ali está a oferecer a Nossa Senhora wn sacrifício e a pedir a bênção do céu para :, seu trabalho. Ela ouve da Basílica o ba– rulho dos tambores e das marchas. Que bom -'e ela fo5se assistir à parada. Terezinha lho te!efonára para combinar um encontro, afim de irem ambas, além de outras bóa:s .:ompanheiras, até a Praça da República Mas, não tinha sido possível. Ana Maria tem um dever a cumprir . Está próximo a ~ncerrar-se o alistamento para as eleições je dezembro. E' preciso trabalhar muito para conseguir o maior número de eleito– res católicos. Está em jogo o futuro do Bra– :,il, e ela demonstra, pelo sacrifício, que ama '.l sua Pátria . Está em jogo a sua Fé e ela ':l iz a Deus que o ama, sendo bem generosa no trabalho amargo de ba ter de casa em ca– ca, para dizer que todos têm "o dever de votar e votar bem". Ana Maria não está so– ,;i nha na sua renúncia . Como ela, outras o muitas outras, melhor do que ela, fazem, em ::ircunstâncias setnl'!lhantes, o mesmo traba– lho custoso. A Ação Católica havia forma– do no seu caráter, como na de suas com– panheiras ,a convicção do dever. A Ação Católica havia impresso no coração de to– dos os seus militantes decidida disposição para átos de sacrifício . Tocam de leve no ombro de Ana Maria. Cecília, que já fizera tambem a sua oração, vem convida-la a se dirigirem logo a seu campo de ação. Conversando, alegremente, encaminham- 5e para a baixa da S. Jerônimo . De casa
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