Quero - 1945

QUE'.R ô A COM UNIS T A C:mlinuação da p~g. 10 t1;1ições, N_adia viu n aquela manhã seu nome muda do em NINEL, e na sua vida surgm uma estrela nova e brilhante, que devia primeiro faze-la co– n l:.e:::er e descer a t odas as torpezas para depois guia-la às mais elevadas culminancias. E' a h istoria an tiga e nem sempre nova da 1\/tlsericordia de Deus. o misteno insondavel das eleições divinas . .. --XX-- Senhora piedosa e crente, fl, mãe de Nadia, apesar da t enra idade da filha, já lhe ia ensin ando o Catecismo, em instruções simples e interes– santes que a pequena inteligente e atenciosa assimalava com facilidade e assim a sua almasinh a se ia plasmando no caminho da inocencia e da virtude. Era com alegria que procurava fazer todas as pequeninas cousas como ser bôasinha, un ida com a Helena , obedien te, pa ra agradar o Meni: no-Jesus, que muito amava. Mas, ai! Longe estava agora, talvez morta já, aquela que fôra o se1 1 anjo da guarda, e todas aquelas belezas cheias de candura, que en terne– ciam e formavam o coração puro de Nadia seriam arrancadas brutalmen– te por homens sem conciência que inoculariam um veneno sutil e poderoso naquela inteligencia em formação, preparando -a assim, para a tarefa mal– sã da qual mais tarde seria adepta fervorosa, terrível e cruel. O novo credo não admitia de maneira alguma o nome de cristão. _ A pergunta do catecismo, quem és? Não mais devia ser : "Sou crist ão pela g_aça de Deus" - mas simplesmente: "Bebonisc" - o que quer dizer athe– ista . Tambem as tradições nacionais deviam ser completamente abolidas. O novo hino! a I nternacional - fazia pa rte das aulas e devia ser can– tado num tom que exprimisse emoção profunda e idealismo feroz, de pulso levantado para mais demonstrar o fervor dos seus sentimen tos. Dia após G.ia, ano após ano, as aulas se seguiram ininterruptas e a doutrina, repleta de idéias tão cheias de ensinamen tos desconhecidos foi pouco a pouco penetrando e conformando a alma de Nadia. Que não ~ssi– mila uma inteligência precocemente desenvolvida? Um cerébro novo de– sejoso de tudo saber e compreender? E a medida que um mundo novo se lhe descortinava à vista, a lembrança dos dias da primeira infancia fo ram diminuindo diminuindo ... A figura terna e carinh osa da mãe, lentamen- • te foi desaparecendo no subconciênte, sufocada pelos acontecimentos e p~- la diversidade da vida atual. os cientistas já tinham teorias irrefutaveis para desfazer as histo– rias sem cabimento da Bíblia. De todas as cousas existentes: ma teria sol lua estrelas homens e animais, os sabias modernos, por processos q~imi~ cos' e formulas cientificas, chegaram à conclusão que tudo tinha sido feito sem a mão criadora de b eus. Cousa fantastica! E a eternidade? Um outra contra-senso ! Bom para faze r medo às criança~. mas idéia ridícula pa ra gente seria, in_teligen~e .. : E Nin el j á est ava ficando uma mocinha . . . Absolutamente nao queria figurar no ról do:; ignorantes. . . o passado devia desaparecer. Só o presen~e devia exis-– tir, todo cheio de promessas que, certa~ente, se transfo.rman am mais tar– de em agradaveis realidades, quando fmalmente ela fosse bem grande .. , E' verdade que às vezes, s~m q?erer, lembrava-se ~o D~us em que mamãe falava. . . de Jesus. . . Ideas tao vagas. . . M!15, n ao. Nao era pos– sível. só h avia um Deus: LENINE e_ este era ~upenor a todos os deuses, de todos os povos juntos, ~orno Jeova, Ra, J upiter, M~h omet, Bl_!dh~, etc.. os predecessores desse Lenine eram d_euses sem conh~cimentos, nao ~mham tido uma visão exata sobre a h umanidade, nem haviam compreendido que a maior virtude é O ODIO. O odio que dava força para mata r, assassina r, a todos os que se opunham a esta idéa nova e que, como as religiões anti– gas. tinha tambem seus segredos. Continua na pag 28

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