Quero - 1944

8 J. F. C 8 Belém-Pará-Brasil •••••••••••••••••••••••••• ,. , ••••.•.••••••••••••.•••••.•.•.••••. ••.•.••••..•.•••••••.•••••••••.••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• ,,,,,,,111 Os postulados filosóficos /Uuu ./lm.o..w.4o. :l!.ima Examinamos, da vez passada, o pri meiro postulado sociológico das filosofias soc iais es– piritualistas - a existência de Deus . Vejamos hoje o segundo dêles - a imortalidade da almn. Julgamos também poder ti rar cinco con– sequências sociais práticas dêsse axioma . 1) O primeiro é que, numa filosofia so– cial assente em tal ax i oma, o homem cuns– titue o centro da sociedade . Sendo a alma imortal, como nos ensina êsse princípio, pass,:1 o homem a constituir, não um ser à parle da natureza, mas uma enti !ade que possue um atributo superior a todos os calores que ca– racterizam os seres natura is -- a i morta I idade. Nem a natureza física; nem a vida vegeta l ; nem os seres anima is possuem êsse atr ibuto. Só o homem subsiste enquanto tudo mais se corrompe e desaparece . O homem está, pois, colocado entre duas ordens de vabres - os valores efêmeros e os valores imortais. Ora, o que distingue exatamente a ordem n;tl11ral da ordem sobrenatura l é justamente a exis– tência ou não dêsse atributonos en tes que par– ticipam de 11111a ou de outra . O homem é, por– tanto, nau apenas um ente de ordem natural, que faça parte da natureza dus seres minerais, ve~etais e animais, e sim um ser que resu– mindo em si tôdas essas forlllas inferiorô de vida pussuc ainda uma fui ma própria que é a sua humanidade espécífica, cujo atributo singular ~ a - - i mortalidade. O homem, ensina êsse postulado, prolonga a sua vida pesso11l para além d;i morte. Logo, a morte longe de ser u111a negação da sua personalidade, a sua fixação difi nitiva de vida, já não mais sujeita aos assaltos da precariedade da vid;:i. Se isso se dá com tod,>s os entes, que p(J\ oa111 j1111to com o homem, o universu, :nais naturalmente decorre com os próprios modos de ser do pró– prio homem . Ora . a 5ociedade outra coisa não e senão um modo de ser do homem . E um modo de ser ligado à s11a existência na terra. Haverá, segundo a re velação cristã, uma socie– dade perene e sobrenatural, dentro da qual <.:ada vida humana terá de inserir o seu destino ete1 tll> , ma:s êsse fato não interessa à sociologia 4.' Aula e sim à _Religião . A' !ilosofia social O que in– t~r~ssa e a ~-epe!·cussao social ele axiomas teo– l?g1cos ou fllos?firn~. ~ sociedade , co 111 que lidamos em soc10Iog1a, e _a sociedade no tempo e na terra. Ora, e~~ª - sociedade, bem co 1110 to– dos os_ grupos socIaIs _re stritos que a consti – tuem, e uma soma de orgãos e funções es t .·_ tamente naturai s, ~ujeHos à lei da v ida' na/,;_ ral. O ra , a lei primeira da vida natural é - 1 morte. Tudo que só vi ve, naturalmente tend~ a morrer. A morte é o sina l di stintiv o da vida puramente natural Sendo a socie dade l1tunaw uma vida natural sua lei é a lei da passage" - d • - 111 e nao a perI11anencIa. A sociedade não e· . b t • . . . uma su s a11c1a;. e um acidente da substancialidade humana. _So o _holll~m subsiste; as sociedades em que ele vive morrem. L ogo O 1 10 , . . , mem e que e a razao de ser da sociedade - · ct d .. - e nao a soc1c a e a 1azao de ser do homem E' 1pe1!1 que é o cenlro da soc iedad · 0 _ ho– soc1edade que co11stitu e O centro ; · ~ nao a llllll ,a Des ·· a ~ • . a v icia hu- . . :, ~onseq11enc1a inicial d . g1ca111ente as demais. envatn lo- 2) Se a sociedade exis te e não o homem para . para o homem a sociedade _ depreende necessariamente do f • co"'.º se homem centro vital e _ ato de ser o a raza o de 1 ciedade, - o que se co I ser la so- nc ue logo e · .i • li ue - a sociedade t d 111 segu lua e em everes h mem e seus grupos t . pttra com o º" está subordinada à 1 ::-~~trai_s. A col~tivid~de desta é imortal e a 1d nahda?e, pois a vida coletividade te 111 d aquela efemera. Logo, a everes f d • 1 1eriores p· 1,.... • 1111 a111e11 ta1s e su- < " com a pe 1· cluir, sem dúvida . ,rsona idade, sem t:X- aquela. Os dire·t' os! deveres desta para co111 t os lo llon1c111 t· t - podem ser desres ·t d · , por an o, nao e os dêsses g · 11 ~ 1 ª os pelos grupos sociais pela socied,adeneipos tão! pouco o pudem ser 111 gera As rei - d 1 mem para coin a . 1 ·d açoes o 10- da Justiça E so~te( ª e se operam 11a base · essa Jus t1ça co apresenta "'ob t . 1. • mo se sabe, se ,, um rrp tce a ·p ·t · . comutativa . . . .· ::, ~c o - a 1ust11_:a . 1 , a Justiça d1st11butiva e a 1 ·ust ·ç soc1a A · . 1 a do h . prr111e1ra regula as direitos e deveres . ornem para homem . A clistribuitiva os d sociedade para com os seus m b E ª em ros . a I

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