Quero - 1944
J. F. C B. ') Belém-Pará-Brasil ... 1t11t11ttt111tI t It111111111111111111t11111f 1 111111111 1 1111111t• I1111l•I1111 1 1 ... 1 f 'I 11111111 1 111111 1 1 1 11111111 1 111111t• 1111111111111111111t11 1 I111 cultivem em seus corações as fh res rla sensibilidade, do pudor, da discreção e da polidez, que a vulgaridade dos tempos mo– dernos parece refugar . Não lhes aconselh o a solidão, o silêncio ou a santidade como uma fuga ao mundo . Longe di sso. O mundo precisa cada vez ma is da nossa presen ça. A virtude da PR i:. SENÇA é uma daquelas que vocês terão de cultivar cuidadosamente , em suas vidas de ado les– cen tes, junto à vigil ância , à paciênci a, à tenacid..ide e a esse R t: SP ElTO que tão alto merece ser colocado. Longe de acon– selhar o isolamento, o qu e lhes peço é a solidão INTER IO l{ , que nos prepara a partic ipar melhor da vida. Longe ·de acon– selhar a indiferênça , o que lhes peço é o si lêncio INTERIOR, que nos abre u que de melhor possu imos em nossos corac,,.ões . Longe de aconselhar o puritanismo fa ná– tico, o que lhes peço é uma Vig il ância que preserve a_, fontes da vida . E prepare os caminhos do Bem e da Verdade. Ambos existem, mas não estão em nossos cap ri– chos ou em nossas opiniões . Têm um NO .• lt: , o ú 'l icn ~ orne quf 1iz tudo , mJs que nós só sa be11.1nos I éa 11-.:nte pro– nunciar quando o Anjo da Paz fechar para sempre as n0ssa , lálpebras . Sejam fieis a si m(!3mos para serem h · nanos para com todos . Não lhes aconselharei a marchar Lvm as multidões - porque as mul t1dõe-; não t!m o segrfdo da verd~de . nem sabem en– sinar-nos onde está a chave cio bem . Mas acon selho a todos a SEHVIR A' S MUL– TI DÓE~ . a trabalhar por ela~, a DAR TU DO o que poderem pela sua elevação material , intelectual e moral. No mundo de tremendas injustiças em que decorre– ram o~ cinqüenta anos da encosta que subf, uma coisa me impediu sempre de ser feliz, como poderia ter sido, - o sentimento da existência de tantos infelizes, que um pouco mais de bondade , de justiça, de amor p0- deria tornar tão mais felizes do que são, tão menus abatidos pelo peso cruel dos nossos egoi smos . A conciência das nossas fraquezas é que nos tira o s() no. A socie– dade burguesa faliu miseravelmente , como não poderia deixar de falir , dad os os seus êrros e os seus pecados. A sqciedade mi– lit arizada que pretendeu ou ainda pretende substitui-la , frac assou inda mais mi seravel – mente e mergulhou o mund o neste ocea no de sangue e de lágrimas em que vivemos. Nas brumas do hori zonte há socied,1de~ pro letári as e sociedades neo-burgue~as , qu e ten, am substitui r-se às ruinas da s so cieda– des malogra das . e stará com el as o segrêdo das gra ndes ren ovações? SIM , se sou– berem respei ta, os direitos intangivei~ da verdade e do bem, que se ch amam - Li berdade, Justi ça, Prosperidade , O rdem e Ca ri dade - e têm um Nome que trans– cende a todos os out ros nom~s. NÃO se vierem repetir, com11 pode perfeitament; suceder, os nossos êrros e os de nos~os antecessores . Não ex iste, pois, uma su– ce~são inflexível e lógica nos ac0ntecimen– tos soc iais. Tudo depe nde do espírito com que ingr.:!ssarmos, meus jo~ens amigos, ness1 nova sociedade qu~ ho1e nasce entre ester tores de mo rt e e _vág1dos de es perança . Po is só as aris tocracias da virtude podem tornar o mundo menos desgraçado . Do alto da montan ha vej o lu z e som– bra no hon1onte . O dia ou a noite podem vir, segundo o que houver em nossos pró– prios corações, de luz ou de somb ras. o meu não está cansado, nem jamais se sent iu mais cheio de confiança . Mas uma co n– fianç a que sabe 4ue urna vitória nunca se alcança neste mundo ,_ embora aqui se pre– p~rem todos os de st111 º 8 - E a alegria de vida depende , em grande parte, do modo como soubermos viver a própria vida e ajudar os outros a vive-la
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