Quero - 1944

JUNHO - 1944 REVISTA M:NSAL J. F. C. 8. Belém-Pará-Brasil 1111111111111111111t1111 li l 11111111111 1 1111111111111ft11111111111111t111·11111111 1 ti11111 1 1111 LI li 111111111111111t1111 1 1111111111111111111 1 1 t t I t 1 O nosso presidente fala à mocidade l() (Z(A Aristóteles que a mocidade ter– mina aos cinqüenta anos! Creio que ela jamais termina , quando sabemos fazer da vida , não uma despedida contínua de valores superados , mas uma descoberta in– cessante de novos valores. Termine ou não termin e, a passagem do ano jubil ar é sem– pre um convite à meditação é ao conselho ... Bem sei qut: o melhor conselho , o úni co re::dmente fecund o, é o exemplo . Só se ensina a viver, vivendo, como só se en– si na a fa lar, fa lando , e a sofrer, sofrendo . Não nos con fo rmamos nun ca em dei– xa r u al to da montanha sem di zer alguma coisa de nossa pró pri a experiênc ia àq ueles que vêm subindo . Sem esperanç,1 alguma que nos ouçam, sem dúvida. Pois ninguem ouve senão a si mesmo ou então a Deus , quan do tem a graça de _O encontrar . Por isso, meus filhos , meus di scípulos, meus jovens ami gos, se alguma co isa posso di ze r a vocês no momento em que deixo "alto da ladeira para começar a descida fin al, é que procurem semp re o re fl exo do que infi nitameil te nos transcende. Ahones ti da de, a na tura lidade, a franqueza e ac ima de tudo a bondade, a div ina bo ndade, é que eu de– sejaria suplicar-lhes que deixem cresce r em seu-; corações, arranca ndo, sem piedade, tüda a ~emente de astúcia, de dissi mul a– ção, de pedantismo e de maldade . Sejam largos de tspírito . O mundo de ho je es tá morrendo de urna onda terr ível de FA– NATISMO, que não se vé: consagrado como viático supremo por condu tores de povos inteiros e por êles cegamente se– g11id <>s, mas ainda atinge os recintos mais sagrados, as almas aparentemente mais pre– servadas dêsse terrível reflexo do espírito católica brasileira q) e "3,uu.entude" O 50. 0 aniversário do dr. Alceu Amoroso Lima foi simpaticamente festejado por todos os seus amigos e admiradores, religiosos e leigos. Durante a sessão realizada no Centro D. Vital pelos antigos e atuais alu– nos do Instituto Católico, o presi– dente da ACB dirigiu uma magni– fica oração à mocidade, da qual des– tacamos alguns trechos para as nos– sas leitoras. de negaçãn. Sejam largos de espírito, com– preensivos abert os, intolerantes com o êrro e com o mal, mas cada vez mais rasgados de coração e de inteligên cia a todos os ho– me ns, a todos os transviados, e part icu lar– me nte a tuc!os os que sofrem. O mundo em que vivemos é terri velmente im piedoso. Não sei se o 111undo em que vamos ent rar o será menos . Não sei se a Idade Nov ·1, que há vinte anos procuro nas '-Omb ras do horizonte, será a idade das luta.;, ,., das perseguições do fim do, tempos ou uma nova cristandade regenerada pelo sangue e pe lo sacri fíci o. Acred ito nesta última hi– pótese. Mas em qualquer delas, meus jo– vens amigos, em quah-1uer hipótese sejam HUMANOS , tenham ho,rnr ;10 fanatismo .

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