Quero - 1944
I ) 9 J. F. C. B. Belém-Pará-Brasil o.J"'-' ____ ::::;::::=.::;> ..., ..._ __ ..__..,,..__ :;.::;:; ..-- ... ..... . _,.:;:: ___ vçoç ~ ~ . ...... ~~ AQUELE que em muito breve .tempo havia. de se chamar Paulo, o apóstolo dos gentios, mas que ainda era Saulo, orgulho.so e valente ciliciano, tenaz perseguidor da nova religião que estava, alarmadoramente, irrompendo na alma pagã mas viril dos romat10s, Saulo, pois, ia indo, ao galope de fogosa mon– tada , seguindo pela es– trada que )eva a Damasco e que lhe tomou também o nome. Vinha êle a essas regiões à procura dos cristãos para prender e trucidar. · Quasi ·às portas da cidade, porém, o cavalo estaca num súbito e extranho empina– mento, obrigando o cavaleiro a olhar para o alto. E eis que êle vê uma ful– gurante luz celeste, de maior esplendor que a do sol, que o cercou e lançou por terra . Uma voz, então, se fez ouvir, e esta voz lhe dizia : "Saulo, Saulo. por que me perse- ?,, gues. - Quem és tu, Senhor ? quis êle saber. - Eu sou Jesus. Pasmo de admiração, per– guntou Saulo: - Que queres, Senhor, que eu faça? Foi aqui, foi precisamente neste momento culminante que nasceu o grande, o incomen– suravel apóstolo S. Paulo. UM PROGRAMA111 AFONSO LIMA Ele fa tudo e foi tudo o que .o Senhor quis ... Cada um de nós, cada membro da Ação Católica, deve também interrogar, no mesmo teor do apóstolo, o seu invisível Presidente: Senhor, que queres ue eu faça? E nasça desta pergunta um programa ... Um programa de fidelida– de, de trabalho . Um progra– ma generoso, de verdadeiro militante. Um programa que se interesse, de fato, pelos altos interesses da Igreja e de Cristo nas terras do Brasil : pelo clero, tão deficiente ainda, a-pesar dos nossos brados da maior nação católica do mun– do; pela nossa pobre e de– sampara da Boa Imprensa; pelo aumento, em todo o ter– ritório brasileiro, e intensifi– cação, em tôdas as almas, do reinado de Cristo ! Êsses, cuidamos, devem ser os pontos capitais do programa. O trabalho é gigantesco, p()r sem dúvida, mas não deve descoroçoar a ninguem. No deserto, as grandes du– nas se formam pelo ajunta– mento de milhares de milhões de grãos de areia que, um a um, vão se sobrepqndo con– tinuamente . Assim, o trabalho perseverante de cada qual, somado ao trabalho de muitos outros, há-de, forçosamente, avolumar-se, alcançar grande fôrça, produzir muito ...
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