Quero - 1944

- r 1 M ARÇ 0 - 1944 REV ISTA MENSAL J. F. C. B. Belém-Pará-Brasil ......... ,. ......... ~ ... ...,......,.___,v....::; ....,,,..:::::;:c:..; - ... .:..:;:::._cçc. ,... ç _.c ... - --- -< As grandes O rO e ns D _j --"---=·- -~li e F U NDADO"f~ S~o,13ento ,de n A 1 1 _ FtJ N A verdadeira origem da Ordem Bened itina ~ se perde na imensa floração monástica dos primeiros séculos da Igreja . Pois ela não surge como uma creação nov:1 mas como algo qu e continua o passado, con~o seu fruto e seu crescimento . A Ordem Beneditina é o próprio monaquismo que s e manifesta e frutifica na Igreja ocidental. Escrevendo a sua Regra , o grande Patriarca S. Bento não teve em mira fundar um novo estilo de vida reli - >e:., .....,......,. e seus fun □ aaores julgando oferecer ao público matéria de sumo interesse, a "QUERO" dirigiu-se aos Revdmos. Superiores das principais Ordens exis– tentes no Brasil, solicitando-lhes alguns traços. sôbre o seu fundador e a origem de sua familia religiosa. Iniciamos a série com a Ordem de São Bento, no mês em que se celebra a festa do· santo fundador e no ano em que a plurisecular árvore beneditina, carregada de frutos por 14 centúrias de glórias, é dolorosamente sacudida pela catástrofe de Monte Cassino. giosa e sim dar estrutura fundamental da vida religiosa. Para sermos justos, portanto, temos que afirmar que a sua Regra não tem, nem pretende ter originalidade. Ela é, em tôdas_ ~s suas linhas, uma súmula dos traços essenc1au, do monaquismo, desse monaquismo que s~r– giu com a própria Igreja e que teve .n~ vida apostólica a sua primeira realização cnsta c?n– creta. São Bento resume a tradição: essa e • grande palavra que explica a sua R_egra . C~da página, cada uma de suas linhas e_ ~•ma cita– ção: ora é a própria palavra d? Esp1nto Santo'. haurida no Novo 0u no Antigo Testamento, ora é a sentença de um velho padre d_o deserto, carregada da sua experiência de sa~ttdade;, ora é um santo Bispo que adverte e ensma . Dat r_:- sulta ser o monaquismo beneditino~ expressa.o mais universal e eclesiástica da vida cenob1- tica_. Aliás a historia o confirma abund~nte– mente: durante muitos séculos o monaquismo beneditino foi a única manifestação da vida re– ligiosa na Igreja ocid~ntal, durante muito tempo sua vida se confundw, de certo modo, com_ a vida da própria Igreja. ~u~o o que vemos, hoJe, separado, dividido e deltm1tado co~o tarefa ~e– culiar de uma ordem ou congregaçao, por muito tempo, foi a imens~ seara ?ºs !11.onges: quando os bárbaros destru1ram o 1mperto romano e se apossaram da Europa, os monges se fi ze ram missionários, percorreram a Gália , Germânia e Bretanha e construiram a grande Europa cristã . Nesse imenso trabalho da conquista do mundo que se formava para o Cristo, êles serviram

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