Quero - 1944
• / 2 J. F. C. B. matemáticas ou na tur ais , do q ue na s ci ênci as mora is ou sociais. Nem é poss ivel precipitar os aco n tecimentos. T empo houve em que o mesmo su ced eu com as ciências natu rais . P o r o ra , ·temos de nos co nteutar, em Soci ologia , com um vocabulário imp reci so e empregado, de modo mai s ou menos a rbi trá riq_, pel o s d i– fere ntes cultores d a matéria. Nem sei se será . para nosso!'! dias a eta pa do rigo r termino ló– gico em maté ria d e ci ências s ocia is ou de ciência s ocial mai s amp la, a ch amada Soci o– logia . E s sa s adv er tênc ia s s ã o indispensa veis. pa ra atenuar os malente nd id os ·e acen tu a r a necessidade de toda p reca ução na difinição preliminar do sen tido em q ue emp regamos o s termos. Quando empregamos, neste c urso, o te rmo Sociologia, sem nenhum determ ina ti vo, enten– deremos a ciência da sociçdade em gera l,. in– cluindo aqueles quatros aspectos sôbre os quais já tanto insistimos e acreditamos es te– jam bem gravados na mente de nossos pa– cientes ouvintes. Quando quisermo-nos referir a cada um dêsses aspectos em particular, em– pregamos então os termos particulares-socio- - · grafia, sociometria, filosofia social ou serviço social. Fica, porém, bem entendido que, a nosso ver, sociologia é íudo isso ao mesmo ' tempo e que. um estudo objetivo e integral da sociedade não pode desdenhar de nenlnim dêsse~ aspectos. Nem fazer filosofia social puramente especulativa, sem consideração pelos resultados da observação d<.)S costumes, dos acontecimentos hist~ricos, das condições e_rnpíricas dos fenómenos,-nem, ao contrário, ficar apenas no empirismo dos fatos, recusando à filosofia s,ocial o direito à vida como ciên– cia tão rigorosa quanto a sociome;ria. Quando nos_ colo_camos sob o signo do existencialismo soctológ1co, é que entendemos justa ~ente con- siderar a s · 1 • . oc10 og1a, em sua integridade, sem mutilar a base histórica p .. la metafísi:a, nem ~ice_-versa. E pretendem(Js, além d1s~o como J á ficou ct·t ~ ' 1 o, por em guarda os incautos con-· Belém- Pará- Brasil tra a s me tafísicas sociológicas qu e pretendem o privil égio, para s i, de ser . as únicas que po- , d em fa lar em nome da ciência. Essas filoso- · fi a s soci a is s ão t ão válidas, em face da socio– grafia o u da s6ci ome tri a,. como out ra s es pé– ci es dé fil osofia soci a l. São tôdas - in terpre– ta ção d os d a do s colhid o s pe la s oci og rafi a e med idos pela s oci omet ria . Essa in te rpre tação s e faz , na base d e postulados fil osófi co s d est a ou d a quel a espéci e, ma s que punca deixam de exis tir. l::s te é o po nto em qu 0 e eu d esejo in – si st ir, po rque é ca pi ta l pa ra da rmos um pa sso no s enti d o da qu ele entendim ent o univ e rsal, . q ue es tá na br1se d e tôda ci ência ve rd a d eira . Se dese ja mos qu e a ci ên é:) a do mundo s oci a l possa chegar, ama nh ã, a 11111 es ta do semelhante ao que hoj e já atingiram a s ciência s do mundo · físico, preciscimos começa r por ve rmos os po n– to s em q ue nos po.d emos e nt en de r unânime– mente e aque les em q4c legit ima mente nos podemos ta mbem d ivid ir. O q ue não podemos co n tinu a r, para prejuizo da ci ênc ia e ben efício e xclus ivo do ceptici s mo s oci o lóg ico --é o · pre– te nso monopólio científico d o c hama do pos iti– vis mo s ociol'6gico ou. de modo ma is ge ra l, dos s istema s soci ológicos qu e pretendam s•1 hsti – tuir- s e· à re li gião o u subo rdi na'-la a s i, na ex– p lica ção áo h.omern e da socied ade. O que p re tendemos agora é mos trar q ue fôdd filoso- fia s oci al, - s eja pos itivista, seja mate ria li sta, · seja na tura lis ta, seja cé pti ca , seja -empíri ca, seja espiritua lista, bud is ta, mao metana, judá ica, pro tes ta nte o u católica - é urn a in te rp retação da soci eda de ba seada em certos postu la d os disculiveis, is to é, qu e 1Junca poderão a lca nçrH a un an imid a de. Em fac e, po rém , da C iê nc ia Socia l em s ua integra lidad e, lodos são ig ua l– mente leg íti mos e nenhum pode invocar o pri– vilégio de ser o únko ve rd ad eiramente ci enti– fico, ob jet ivo, não preco ~ceb1d o, ~o r~es~on– dente à rea lidade das coi sas . Se 1ns1s t1~0s nes te ponto é q ue a maio ri a a_bso l11t_a do s mo- , cternos soció logós faz filoso fta soctal na fura ~ lista a legando que faz ciência socia l objeiiva.
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