Quero - 1944

QUERO 23 _ Encontramos em "Bandeirantes", a revista da briosa Organi– zaçao da qual traz o nome, este oportuníssimo artigo sobre o Ca– samento - o enlevo das nossas jovens, o qual recomendamos com prazer a todos os leitores da QUERO e muito particularmente a Juventude. o CASAMENTO Padre A. Silva O sonho dourado de toda menina é casar. Nobre e digno sentimento, desejo natural e inspirado por Deus, para o qual se deve preparar com cui– dado meticuloso. na escolha, na afeição, na perseverança do aféto, na sim– uleza da intenr.ão . · Quanta 1:esponsabilidade nêsse ato importantíssimo que norteia dife– rentemente a vida da mulher, até então descuidosa de obrigações compro– metedoras! Os mesmos sinônimos da palavra estão dizendo da importância do objeto. Casamento - lembra a casa, o lar, com os seus deveres, os seus encan– tos, as suas dôres, mas tambem, as suas alegrias incomparáveis. Quem easa, quer casa, diz o proverbio. Consórcio - sorte em comum; esposo e esposa passam a ter, pela vida em fóra, os mesmos sentimentos, numa tal igual– dade de querer, que realizam à letra a palavra divina- "dois numa só carne". Matrimonio - aqui resplende toda a beleza dessa união de duas almas afins, como se fossem ambas duas metades que se fundissem para fei t u– ra de um todo unico, mas quantitativamente diferente - o filho. Matrimônio vem a ser - oficio de mãe (matris munus> . Esse foi , aliás, o fim para que Deus os abencoou, homem e mulher, desde o paraíso, aos nossos 9rimeiros pais, Adão e Eva. E', pois, de origem divina, o Casamento. Interessante é a alegria irreprimível de Adão, ao lhe apresentar o Senhor a Eva, o adjutório semelhante a si: "Ei<; os ossos dos meus ossos e 11 carne da minha carne". E, num arroubo profético : "Po1· isso o homem dei – xará )}ai e mãe, se unirà à sua mulhe1· e serão dois numa só rarne". --XX-- NOS tempos primitivos a monogamia era a lei comum. Corrompeu-se, com o tempo, a instituição e tolerou -se a poligamia, como disse Jesus Cris– to, "pela dureza dos corações",