Quero - 1944

2 QUERO o Milagre de Nazaré , ___ - ---- Minha gente eu võ contá (E pode me acreditá, Que eu só falo a verda de , Um milag re que se d eu No sitio onde moro eu, Pra minha felicidade. Por uma queda de sorte, Minha fía tava à morte ; Ninhum doutõ dava jêto ! Fiquei devéra sustado Vendo o fato consumado . .. Disse então: "não tá d erêlo . . . Vê minha fía morrê Sem um podê socorrê, Sem gastá ninhum vintém . . . Não pode ficá assim, (Disse de mim para mim) Vô remando té Belém" . T,, .. · ,., "r "' ,.~ "és doutô, o .·, br< -1.nc ,. os c--;it o e .. r.ô. ta d o a a 11: m · Fet:cér • b ux· ri· . E te"o 'l e apa r ir.ia Vim ;,razendo de Belém. F. nada deu resurtado! Fiquei tudo atrapalhado Co·n o:, àiz& du.s duutô : _ Vai morrê a sua fia, Pois cura ninguem daria, Só nosso Deus e Sinhô. Aqueles dizê ficô, e Só nosso Deus e Sinhô) Martelando na mirnória; Me veio uma inspiração De dentro do coração, Não quis sabê mais de histona . F u outra z n Belém, Onde tudn gente tem Um artá p:-i rn rezá! E lá chegando, tristonhv, Me joelhei , quar num souho, E comecei, sem oiá : (Por R . Amazonas Pedroso) "Nazaré, san ta quirida , Tudos os tempos vivida Nas festa e devoção ! Eu vim de longe pra cà, Só pra mode t ' implorá A tua consolação. Dexei bem má minha fia ! ":\ ão come n ada de dia Nem um chibé de fari~ha . A noite geme acordnda Não fala, nem vê bem ~ada Chora, apenas ... coitadinha'. : o~ doutô lá do lugá N~o tem remédio pra dá , Dizem qu'ela vai morrê . _. E ' somente ela qu 'eu tenho Por _isso, de longe venho · Pedi pra ela vivê. Não dêxa , santa quir ida , 1 , · ·ó, rt' a v ld1.. 1, "ºr fa,· ô . r Un:J rcm · dio divino, uncin. ::is anjo orr. se•!' hino Pro. carmá a sua dô". Deuois levei o oiá n ,:; riba dac, t1 ele artà, 0,Li bem nos zóio Seu : Sr>ntí meu corpo tremê E vi seus zóio mexê ' E uma lágrima deséeu ... Quis levontá i::em podi>! __. Chorei que :,ó um nênê , Quando Nazaré choró . . . Fiz um esforço danado E saí t·1do su5taclo. Quasi ·•ritanc!o : "Já vô _." -xx- r.at : 1. ~ l)O a « ' eh cr ~ · ·• lJre pn r:~ 1,mn en t,r1. Pois eu e t0 cái não 1'::i i A por•a .:e :ibriu .icrena E ouvi uma voz amena : -Onde ~u tava, oapai? !

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