Quero - 1944

QUE:Ró aúde Atendendo gentilmente ao nosso pedido, o dr. Milton Lo– bato, médico e amigo do COB, dignou-se aceitar a direção des– ta pàgina, que a " Q U E R O " , inicia hoje, com o intuito de esclarecer e prevenir os nossos leitores contra certos males e as regras de higiene mais comum para evitá-los. A MOSCA Um dos maiores, senão o maior, o mais terrivel e perigo– so inimigo da especie humana, é, sem dúvida, a mosca, a fe· pelente mósca doméstica, cuj:.i. presença nas habitações não suscita, infelizmente, de nossa parte, nenhuma ou quasi ne– nhuma reação no sentido de dar-lhe o merecido combate. Jà nos acostumamos a sua presença diária e, por isso mes– mo, a ela não ligamos grande importância, a :não ser para afugentá-la momentaneamen– te com um simples gesto, como se isso fosse o suficiente ·para conjurar o grande perigo -ala– do representado por esse repu– gnante inséto. Esta imprevi– dência trás não raramente, consequencias desastrosas pa– ra a saúde da comunidade. E' o grande poder prolifico da mosca que torna sobremodo dificil um combate eficiente e decisivo corri o fito de exter– miná-la. Não deverá, porém. esse fato entibiar a cooperação de todos eri levar a cabo esta campanha para a saúde co– mum. Sempre voraz vai a mosca, ra– pidamente, daqui para ali, pou.. sande em tudo, a tudo e a todos submetendo ao seu nojento e perigoso contacto. Em seu corpo, recoberto de fina trama de delgados pêlo:,;, aderem com facilidade detritos e germens de todas as qualida– des. Suas patas, dotadas de dispositivos especiais que lhe permitem manter-se e locomo– ver-se rapida e seguramente em qualquer superficie, são também, providas de pêlos fi– nos e viscosos que facilmente carregam milhares dos mais mortíferos germens. E' justamente, por ocasião de sua irrequieta peregrinaç5o em busca do desejado alimen– to, que a mosca semeia inu– meras vezes em seu caminho a doença, a desolação e a morte. Para ela, tanto faz ir do :mon– turo ao açucareiro, deste ao escarro tuberculoso, a úlcera leprosa, ou sifilítica, as mate– rias fecais contaminadas de germens da febre tifoide, etc., donde voltará, saltitante e sa– tisfeita a saborear o gostoso prato de dôce , o copo de leite fresco, quando não se dirige de– cidida e diretamente aos labios de alguem, onde detristos ali- Conunuo no pog. 28

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